PUBLICIDADE

Rio: associação da Justiça apoia apuração de denúncias

Rio: associação da Justiça do Trabalho apoia apuração de denúncias

16 jan 2012 - 18h22
Compartilhar

A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra 1) defendeu nesta segunda-feira a apuração minuciosa das denúncias de irregularidades em movimentações financeiras atípicas feitas em 2002 no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Essas movimentações foram objeto de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, encaminhado à Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ).

"A Amatra 1 exige e apoia a apuração minuciosa de denúncias para que não pairem dúvidas sobre a conduta dos juízes do Trabalho da 1ª Região", afirmou nota assinada pela presidente da associação, Áurea Sampaio. Segundo ela, a Amatra 1 está pronta a prestar esclarecimentos sobre pontos relacionados a seus associados.

Movimentações financeiras atípicas somam R$ 855 mi

Uma análise sobre as movimentações financeiras de magistrados e servidores divulgada dia 12 de janeiro mostrou que R$ 855,7 milhões foram movimentados em operações suspeitas entre 2000 e 2010, segundo relatório. O Coaf fez uma varredura nos dados financeiros de um universo de mais de 216 mil pessoas ligadas ao Judiciário, sendo que 3.426 pessoas tiveram movimentação considerada fora da rotina, as chamadas operações atípicas.

Movimentações atípicas não são transações irregulares, mas operações financeiras que fogem dos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção de lavagem de dinheiro. De acordo com o Coaf, o maior número de operações atípicas no Judiciário foi registrado em 2002, quando apenas uma pessoa do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, do Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões, ou 94,3% das movimentações fora do normal registradas no ano (R$ 300,2 milhões). Em 2008, houve um novo pico de transações anormais: R$ 159,6 milhões. Segundo o Coaf, apenas três pessoas - duas ligadas ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo e uma ligada ao Tribunal de Justiça da Bahia - movimentaram R$ 116,5 milhões, ou 73% do apurado no ano.

O Estado que registrou o maior montante de operações atípicas na década passada foi São Paulo (R$ 169,7 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (R$ 149,3 milhões) e a Bahia (R$ 145,4 milhões). O Rio Grande do Sul foi o único Estado onde não se registrou nenhuma movimentação atípica entre 2000 e 2010. Conforme adiantou a corregedora Eliana Calmon, o relatório do Coaf que chegou à corregedoria não apontava nomes e números de Cadastro de Pessoa Física (CPF). Para integrar o processo, a corregedoria precisou pedir que o Coaf retirasse o caráter confidencial do documento, o que ocorreu no dia 11 de janeiro.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade