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Política

Petista: Bezerra é alvo de 'preconceito contra nordestinos'

12 jan 2012 - 18h48
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

Principal defensor do chefe da pasta da Integração Nacional, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta quinta-feira que as acusações de favorecimento político supostamente cometidas por Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) ocorrem por causa de "preconceito" pelo fato de o ministro ser nordestino. Costa afirmou que as suspeitas de privilégio na liberação de recursos a municípios de Pernambuco, Estado natal de Bezerra, não existiriam se o ministro tivesse base política em São Paulo, por exemplo.

"Vossa Excelência está sendo vítima pelo fato de ser nordestino. Acho difícil que se tivesse havido liberação até maior para Estados como São Paulo tivesse essa celeuma. Isso só acontece quando se trata do Nordeste. Quando se fala de Pernambuco, mesmo que os recursos tenham sido liberados com equidade com vários outros Estados, todos se levantam", disse Costa ao participar da audiência em que o ministro explica, entre outros pontos, os critérios de distribuição de recursos para municípios atingidos pelas fortes chuvas.

"Nunca no Brasil se reclamou quando São Paulo foi agraciado com mais recursos do que qualquer outro Estado", afirmou o líder petista. Aos parlamentares, em audiência na Comissão Representativa do Congresso Nacional convocada durante o recesso parlamentar, o ministro da Integração Nacional negou ter feito direcionamento político de recursos públicos ou atuado para a nomeação de parentes no serviço público.

Ministro condena ataque a PSB

Mais cedo, a respeito das denúncias das quais é alvo, o ministro condenou ataques ao seu partido, o PSB. "O que se quer com essa campanha é atacar a imagem não só minha, mas do meu partido, que preserva valores, como ética e moralidade na distribuição de cargos públicos. Sei relevar os ataques, sei aceitar as críticas. É preciso não atacar e denegrir a imagem das pessoas".

Bezerra negou ainda que seu irmão, Clementino Coelho, que ocupou interinamente a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), tenha sido um exemplo de nepotismo no funcionalismo público. Coelho já integrava os quadros da companhia como diretor. "Nunca houve indicação ou nomeação de parente por parte do Ministério da Integração para a direção da empresa. A circunstância que se deu para que o diretor Clementino Coelho ocupasse a presidência foi pela vacância do cargo e, ocorrendo a vacância do cargo, o estatuto da Codevasf dispõe que responderá pelas direções da presidência o diretor mais antigo".

Na audiência da Comissão Representativa, Bezerra também rechaçou a tese de que seu filho, o deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB-PE), tenha sido privilegiado e o único a ter 100% de suas emendas parlamentares empenhadas. De acordo com o chefe da Integração, 221 parlamentares apresentaram emendas na pasta, 138 tiverem suas propostas empenhadas e não só Coelho Filho, mas outros 53 parlamentares também tiveram a totalidade de seus projetos garantidos com recursos pelo ministério. "Não é correto afirmar que apenas um teve 100% empenhado. Cinquenta e quatro parlamentares tiveram 100% de suas emendas empenhadas", disse ele.

Fonte: Terra
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