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ES: OAB critica protesto 'vandalista' de estudantes em Vitória

12 jan 2012 - 09h50
(atualizado às 09h55)
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Eliana Gorritti
Direto de Vitória

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Espírito Santo, Homero Mafra, divulgou uma nota e se posicionou contrário à forma como foi conduzido o protesto dos estudantes na última quarta-feira, no centro da cidade. Eles entraram em conflito com a Polícia Militar e chegaram a incendiar um ônibus do Transcol.

"Diante dos atos de vandalismo que tomaram conta do centro de Vitória na manhã desse 11 de janeiro, a Ordem dos Advogados do Brasil - Espírito Santo - não pode permanecer inerte", explicou Mafra. Para ele, porém, o direito de manifestação deve ser respeitado. "Historicamente, por seu compromisso com o Estado Democrático de Direito, a Ordem dos Advogados sempre entendeu legítimos - e continuará a sustentar tal posição - os movimentos reivindicatórios, que não podem ser criminalizados", explicou. Apesar disso, Homero Mafra sustenta que o direito de ir e vir das pessoas precisa ser garantido.

"Não se pode, no entanto, admitir que o direito de manifestação se transforme em atos de vandalismo, que impedem o livre trânsito de pessoas e levem o caos a toda cidade. Por isso, afirma a OAB-ES que tem o Estado a obrigação (direito-dever) de impedir a paralisação da capital, agindo, nos limites da legalidade e com os meios necessários para tal, para fazer valer o Estado de Direito", disse Mafra.

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"Por derradeiro, lamenta a OAB-ES que o clima pacífico em que se desenrolou a manifestação estudantil da última segunda-feira não se tenha repetido nesta quarta-feira, com sérios prejuízos para a classe trabalhadora e a população em geral, aumentando as dificuldades já enfrentadas no uso cotidiano do deficiente e caro transporte público do estado do Espírito Santo", concluiu o presidente.

Fonte: Especial para Terra
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