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Polícia

Alckmin, Kassab e cúpula da PM não sabiam de ação na Cracolândia

7 jan 2012 - 08h42
(atualizado às 08h44)
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Planejada pela cúpula da Polícia Militar (PM) para acontecer em fevereiro, a operação Cracolândia foi precipitada por uma decisão do segundo escalão da PM e do governo de São Paulo. Na manhã de terça-feira, o coronel Pedro Borges, comandante da região central da capital, colocou o time em campo sem nem sequer avisar o comando-geral da polícia, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, em uma reunião na segunda-feira, o coordenador de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado da Justiça, Luís Alberto Chaves de Oliveira, disse ao coronel que o governador queria a operação.

O coronel afirmou que poderia iniciar o trabalho imediatamente, já que havia recebido 60 agentes da escola de soldados. Assim, ele começou a operação no dia seguinte, gerando mal-estar entre os dois governos. No primeiro momento, apenas a PM participou porque a prefeitura achou que a Secretaria Estadual de Segurança queria aparecer sozinha. Kassab então conversou com o governo estadual e ouviu explicações. Questionado pela reportagem, o governo do Estado disse que não houve precipitação, mas não negou que o governador desconhecia a data de início. O coronel Borges disse que tomou a decisão porque no começo de janeiro caem taxas de crimes e diminui o trânsito, o que libera o efetivo para operações de maior vulto. Já o comandante da PM, Álvaro Camilo, confirmou que não sabia da data da ação.

Construção poderia desabar
Construção poderia desabar
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Fonte: Terra
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