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Polícia

Funai apura morte de criança indígena carbonizada no MA

6 jan 2012 - 19h33
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A Fundação Nacional do Índiowww.afp-direct.compor madeireiros em outubro no Maranhão. De acordo com o órgão, uma equipe vai de Imperatriz até a terra indígena de Arariboia, onde o caso aconteceu. De acordo com a Funai, informações mais precisas deverão ser divulgadas na segunda-feira.

O crime teve destaque nesta semana com a ajuda de redes sociais, embora tenha ocorrido há mais de dois meses, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). A criança era da etnia Awá-Guajá, que vive isolada do contato com brancos e divide o território com outros povos. O assassinato foi denunciado pelo povo Tenetehara, que também vive em Arariboia.

Os Tenetahara afirmaram que costumavam ver os Awá-Guajá em caçadas na mata, mas que deixaram de encontrá-los depois que viram um acampamento com sinais de incêndio e com os restos mortais da criança. "Depois disso não foi mais visto o grupo isolado. Nesse período, os madeireiros estavam lá. Eram muitos. Agora, desapareceram. Não foram mais lá. Até para nós é perigoso andar, imagine para os isolados", disse Luís Carlos Tenetehara.

O grupo acredita que os Awá tenham se dispersado para outros pontos de Arariboia temendo novos ataques. Segundo eles, a ação de madeireiros na região tem feito com que os Awá migrem do centro do território para as periferias, ficando sujeitos ao contato com a sociedade. As migrações também são motivadas pela extração madeireira, já que os Awá são essencialmente coletores.

A Funai informou que recebeu, em novembro, uma denúncia anônima sobre assassinatos de índios na região, porém sem especificar que havia uma criança entre as vítimas. O órgão também disse que protocolou denúncia junto à Polícia Federal e solicitou que uma investigação fosse feita.

Agência Brasil Agência Brasil
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