SP: sobra comida e faltam itens de higiene na favela do Moinho
25 dez2011 - 17h36
(atualizado às 18h49)
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No Natal dos moradores da favela do Moinho, em Campos Elíseos, na região central de São Paulo, não faltou comida nem roupa. Após um incêndio que atingiu a região na última quinta-feira, o que falta para os desabrigados é material de higiene: desodorante, absorvente, fralda, escova e pasta de dentes. Segundo os moradores atingidos, as doações de alimentos e vestuários chegam em excesso e eles não têm onde estocar todos esses mantimentos, que estão sendo doados para outros locais.
Os moradores que não têm para onde ir foram abrigados em um galpão de uma escola de samba, próximo à favela, que uma moradora do Moinho toma conta. Outros foram para casas de parentes. Apesar de toda a ajuda, muitos moradores perderam tudo e vão precisar recomeçar a vida. É o caso do vendedor Jairo Gonçalves, 25 anos, que estava trabalhando quando o incêndio começou e só chegou a tempo de pegar sua moto. No caso de Rute Martins Tristão, 59 anos, tudo foi perdido, inclusive a cadeira de rodas do filho dela, que é portador de deficiência física.
Os moradores afirmam ainda que o número de mortos é maior do que os dados oficiais - que são de duas vítimas. A comunidade estima que, pelo menos, 20 pessoas tenham morrido no incêndio.
Incêndio
Um prédio abandonado e dezenas de barracos da comunidade foram atingidos por um incêndio de grandes proporções que deixou mais de 1,5 mil pessoas desabrigadas, segundo a Defesa Civil de São Paulo. O fogo começou por volta das 9h de quinta-feira e foi controlado cerca de quatro horas depois. Três moradores ficaram feridos durante o incêndio - dois tiveram sinais de intoxicação e outro fraturou o pulso e teve queimaduras. Além disso, um bombeiro que ajudava na remoção dos pertences de um morador foi atingido na cabeça por uma televisão e socorrido ao Hospital das Clínicas.
Moradores passam o Natal na favela do Moinho após incêndio
