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Política

MG: deputado petista insinua que revista foi usada por tucanos

12 dez 2011 - 16h15
(atualizado às 16h23)
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O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) afirmou em nota nesta segunda-feira que a matéria de capa publicada pela revista Veja no último sábado levanta suspeitas de que a publicação tenha sido utilizada pelos tucanos como instrumento de ataque ao PT. A reportagem revelou o conteúdo de gravações telefônicas realizadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça que comprovariam que o PT falsificou documentos com o intuito de denegrir adversários e enganar ministros do Supremo Tribunal Federal no caso do mensalão. Segundo a revista, a legenda em Minas Gerais, com o apoio da cúpula nacional, se aliou ao estelionatário Nilton Monteiro para realizar fraudes na Lista de Furnas, documento que acusava políticos da oposição de desvios em estatais no ano 2002.

A veiculação da matéria, diz Correia, "levanta suspeita e gera críticas de que a mesma foi utilizada pelos tucanos como instrumento para execução de uma velha estratégia política: 'A melhor defesa é o ataque'". Ele censura a revista por novamente colocar em dúvida a Lista de Furnas, já que, segundo o deputado, ela foi "periciada e considerada autêntica pela Polícia Federal".

Correia critica também o que chama de "fragilidade das provas" e "pueril análise" da revista, acrescentando que só membros do PSDB e do DEM foram ouvidos. "Embora publicada como reportagem, a matéria é facilmente reconhecida como uma entrevista de tucanos e democratas envolvidos na lista de Furnas."

Por último, Correia acusa as notícias da revista de atribuírem "a falsidade a um cidadão preso e incomunicável". "Hoje, quase dois meses após sua detenção, ainda não foi apresentada qualquer prova que justifique sua prisão. Ao contrário, a exemplo do tempo da inquisição, os detentores do Poder o isolaram querendo que ele permaneça no 'calabouço'", afirmou.

O lobista Nilton Antônio Monteiro foi preso em outubro deste ano sob suspeita de extorquir políticos, empresários e veículos de comunicação por meio de títulos de crédito falsificados. Segundo o delegado Marcio Nabak, entre as supostas vítimas de Monteiro estão o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia, a revista Veja, o jornal Hoje em Dia e o secretário de governo de Minas Gerais, Danilo de Castro.

Fonte: Terra
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