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Inpe: com 6.238 km² em 1 ano, desmatamento na Amazônia cai 11%

5 dez 2011 - 17h02
(atualizado às 20h33)
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Diogo Alcântara
Direto de Brasília

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou nesta segunda-feira uma redução de 11% do desmatamento da Amazônia Legal. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). Entre agosto de 2010 e julho de 2011, foram desmatados 6.238 km² da Amazônia Legal. É o menor índice desde que o monitoramento por satélite é registrado. A estimativa do Inpe tem uma margem de incerteza de 10% para mais ou para menos. A pesquisa é baseada em 96 imagens, que cobrem 90% da Amazônia.

Mercadante, Teixeira e Trennepohl afirmaram que a taxa anual de desmatamento da Amazônia mantém a tendência de queda da derrubada e é a menor desde o início do levantamento, em 1988
Mercadante, Teixeira e Trennepohl afirmaram que a taxa anual de desmatamento da Amazônia mantém a tendência de queda da derrubada e é a menor desde o início do levantamento, em 1988
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Amazônia: o ouro verde em extinção

"A razão fundamental dessa queda foi o combate implacável ao desmatamento comandado pelo governo brasileiro", disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff, "no estilo dela", parabenizou a todos os envolvidos, mas pediu melhores resultados no futuro.

No ano passado o índice já havia apresentado uma redução recorde, registrando 7 mil km² desde 1988, quando começou o monitoramento por satélite. Neste ano, os Estados campeões em desmatamento são Pará (responsável por 2.870 km² de desmatamento), Mato Grosso (1.126km²) e Rondônia (869 km²). O Estado de Rondônia registrou um aumento de 100% de desmatamento em relação ao ano passado. "É algo que precisa ser esclarecido. Precisamos entender quais são as causas que estão determinando essa mudança de perfil", afirmou a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A divulgação dos dados se dá às vésperas da Cúpula sobre a Mudança dos Clima (COP17), que acontece em Durban (África do Sul) nesta semana. "O Brasil demonstra com isso que é uma nação que quer avançar com o compromisso de sustentabilidade e com a redução de gases de efeito estufa", disse Mercadante, que prometeu que o governo "não vai dar trégua ao desmatamento" e que é necessário mais investimentos para transformar o bioma em um instrumento para o sequestro de carbono. "Não é uma tarefa simples, não é uma meta rápida, mas é viável", sustentou.

Fonte: Terra
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