Senadores ouvem Chevron sobre vazamento na Bacia de Campos
29 nov2011 - 10h11
(atualizado às 10h14)
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Representantes da petrolífera multinacional Chevron são ouvidos nesta terça-feira em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, em conjunto com a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC). No encontro, são debatidos, de acordo com a Agência Senado, os danos ambientais causados pelo vazamento de óleo proveniente do acidente ocorrido na plataforma Sedco706, utilizada pela companhia norte-americana, no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
O vazamento começou no dia 7 de novembro e, desde então, a Chevron e autoridades ambientais divergem sobre a quantidade de petróleo que chegou à superfície do oceano. Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) em Macaé (RJ) instaurou três novos inquéritos civis públicos. O primeiro vai apurar impactos do acidente sobre a atividade pesqueira dos municípios fluminenses de Macaé, Casimiro de Abreu, Carapebus e Rio das Ostras. O segundo vai investigar a omissão do Ibama em elaborar os planos regionais e nacional de contingência. E o terceiro vai analisar a precariedade da fiscalização conduzida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O vazamento no Campo do Frade ocorre no momento em que o Congresso Nacional discute uma nova redistribuição dos royalties do petróleo. Um dos argumentos dos parlamentares representantes dos estados produtores de óleo e gás é justamente a necessidade de compensação financeira em virtude dos riscos ambientais gerados pela atividade de exploração petrolífera.
Peritos sobrevoaram a Bacia de Campos nesta sexta-feira para avaliar as dimensões do vazamento de óleo no Campo de Frade
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A mancha se espalhou e perdeu densidade, segundo o Comando de Operações Navais da Marinha
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
Embora mais extensa em área, a mancha segue com o mesmo volume, o que é avaliado como positivo pela Marinha, já que, dissolvido, o óleo teria menor potencial danoso ao meio ambiente
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
Expandida pelos ventos e pela maré, a mancha foi estudada por técnicos da Marinha, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em um sobrevoo nesta sexta-feira
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream, que desde a última quarta-feira trabalha para conter o vazamento no fundo do oceano, a uma profundidade de 1,2 mil m e distante cerca de 120 km da costa
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
De acordo com a ANP, o primeiro estágio da cimentação do poço foi concluído com sucesso. Estima-se que a conclusão dos trabalhos ocorra nos próximos dias
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A Chevron calcula que a mancha de óleo equivale ao volume de 65 barris na superfície, e que o total vazado chega a 650 barris
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
"Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental num estado produtor de petróleo", alertou o governador do Rio, Sérgio Cabral, na inauguração de fábrica da Nestlé em Três Rios