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Oposição reage às novas denúncias contra Carlos Lupi

26 nov 2011 - 15h00
(atualizado às 15h01)
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Diogo Alcântara
Direto de Brasília

A oposição reagiu às novas denúncias contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, neste sábado. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Lupi teria sido funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por seis anos. A edição desta semana da revista Veja traz entrevista de um sindicalista que acusa o ministro de tentativa de extorsão. Segundo a reportagem, o Planalto foi informado por meio de carta e confirmou à revista o recebimento do documento, sem tomar providências.

Segundo revista, Lupi teria usado um avião pago por empresário beneficiado por convênios do ministério
Segundo revista, Lupi teria usado um avião pago por empresário beneficiado por convênios do ministério
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

"É crime de responsabilidade. Isso incita a cumplicidade que tem mantido o ministro no cargo e compromete a presidente Dilma Rousseff", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias. O parlamentar disse que o partido já fez três denúncias diferentes contra o ministro Lupi no Ministério Público Federal e não presente pedir a abertura de um novo inquérito. "O que se pode fazer é pedir o apensamento (anexar em processo já existente) dessa nova denúncia", explicou.

Nova denúncia do jornal Folha de S.Paulo contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, aponta que ele foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por quase seis anos. O ministro foi lotado na liderança do PDT de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas no período exercia atividades partidárias como vice-presidente da sigla. Funcionários do partido em Brasília confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias.

Parlamentares afirmaram que nunca tinham ouvido falar que o ministro havia sido contratado pela Câmara nesse período. Lupi ocupava um Cargo de Natureza Especial (CNE) e recebia o maior salário pago a um assessor da sigla, que corresponde a R$ 12 mil por mês. As normas dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções técnicas e precisam trabalhar nos gabinetes.

Alvo recente de denúncias, Lupi não faz referência a esse trabalho em sua biografia no site oficial do ministério. Questionado, o ministro disse que de 1995 a 2000 exerceu "em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a passagem pela liderança do partido de 2000 a 2006. Em 2002, segundo registros da Câmara, ele era assessor e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação. Lupi negou e disse que cumpriu a lei.

Fonte: Terra
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