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Polícia

Ação que apura ligação entre CV e PCC prende 5 no Rio

25 nov 2011 - 07h59
(atualizado às 15h49)
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A polícia prendeu cinco pessoas durante a Operação Martelo de Ferro, realizada na manhã desta sexta-feira no combate ao tráfico de drogas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Dois são policiais militares, uma era advogada e dois, traficantes da região. De acordo com a investigação, policiais militares cobravam até R$ 10 mil de propina para a liberação de traficantes presos. A ação conjunta entre Ministério Público do Estado e polícias Civil, Militar e Federal apura uma ligação entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facções criminosas que atuam no Rio e São Paulo.

Policial federal com visual peculiar participou das duas operações
Policial federal com visual peculiar participou das duas operações
Foto: Terra

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As apurações contaram com escutas telefônicas que descobriram que os policiais cobrariam para não fazer operações na comunidade e não coibirem o tráfico de drogas. Haveria inclusive uma tabela de cobrança para a liberação de presos, que ia de R$ 500 a R$ 10 mil, de acordo com a importância do tráfico.

Ao todo, havia 22 PMs procurados. Dois foram presos hoje e 18 já estavam detidos - sendo dois envolvidos no assassinato da juíza Patrícia Acioli em agosto. Há ainda 24 mandados de prisão contra traficantes - três ocorridos nesta sexta, 13 já realizados anteriormente e oito que ainda faltam cumprir. De acordo com a Polícia Federal, a advogada presa levava recados de líderes do tráfico presos aos traficantes e negociava valores para a liberação dos presos.

Todos os PMs envolvidos são do 7º BPM (São Gonçalo). Eles irão responder por formação de quadrilha e corrupção. Já os traficantes, por formação de quadrilha e tráfico de drogas. De acordo com o delegado da PF e coordenador da operação, Victor Poubel, a operação foi motivada pelo homicídio da juíza Patrícia Acioli. "A população local pode saber que foi uma atuação embrionária e que outras ali surgirão", afirmou.

Os fatos apurados na investigação da Polícia Federal apontaram ainda a prática de obtenção de valores, armas e drogas dos traficantes, vulgarmente conhecida como "espólio de guerra". A prática, segundo a promotoria, estaria diretamente relacionada à morte da juíza, cuja atuação estaria prejudicando a arrecadação espúria desses policiais.

Todos os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público ao Juízo da 3ª Vara Criminal de São Gonçalo.

Com informações do Jornal do Brasil.

Fonte: Terra
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