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Haddad: saída de reitor após denúncias em RO foi correta

23 nov 2011 - 19h44
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

Embora tenha evitado fazer qualquer pré-julgamento do possível envolvimento do reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), José Januário de Oliveira Amaral, em um esquema de desvio de recursos, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que foi "correta" a decisão do dirigente de se afastar da instituição.

Em Teresina, Haddad almoçou com colegas do PT
Em Teresina, Haddad almoçou com colegas do PT
Foto: Yala Sena / Especial para Terra

Amaral é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da Fundação rio Madeira (Riomar), que apoia projetos da universidade. O Ministério Público Federal (MPF) abriu 16 investigações sobre o desaparecimento de verbas da Unir. Teriam sido desviados pelo menos R$ 800 mil da fundação, que já foi presidida por Amaral. Em função da situação, 46 obras intermediadas pela Riomar estão paradas ou atrasadas - uma delas é a da implantação do hospital universitário. Pela evasão de divisas, professores estão há dois meses em greve.

"Penso que a decisão do reitor foi correta em se afastar porque, independentemente de mandato - e ele foi eleito pela comunidade em novembro e tomou posse em fevereiro - ele entendeu que deve colocar os interesses da instituição acima dos interesses pessoais e não via condições de recuperar legitimidade para exercer o cargo. Agora a instituição vai fazer nos próximos dias - a legislação coloca 60 dias, mas com o período de férias isso pode ser prorrogado - a consulta para escolher o seu dirigente", disse Haddad, classificando como "prematuro" afirmar a existência de envolvimento do reitor no esquema.

Ao comentar o caso, o ministro disse que ele próprio pediria que Januário de Oliveira Amaral se afastasse do cargo, mas o dirigente se antecipou e formalizou antes sua saída. "Ele já veio com a decisão tomada. Quando eu o convidei a vir a Brasília, no primeiro momento ele já antecipou, sem que eu fizesse nenhum comentário, a sua decisão. O convite talvez tenha feito ele amadurecer essa decisão. Sim, (pediria para sair). Em momentos decisivos, o Ministério da Educação não pode deixar de se pronunciar a respeito do que é o melhor encaminhamento", argumentou.

Mesmo com o pedido de renúncia do reitor, uma comissão de auditores do MEC e da Controladoria-geral da União (CGU) deve entregar o relatório da situação da universidade nos próximos dias. O prazo oficial expiraria nesta quinta-feira, mas o colegiado pediu mais dez dias para a conclusão das investigações.

Fonte: Terra
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