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Polícia

Polícia e MP prendem 36 suspeitos de fraudes no Detran do Rio

23 nov 2011 - 11h02
(atualizado às 14h05)
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Uma operação deflagrada nesta quarta-feira, por policiais civis e membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, prendeu 36 pessoas suspeitas de envolvimentos em fraudes em postos de vistoria do Detran no Rio de Janeiro. Nove pessoas estão foragidas. Os denunciados participavam de um esquema de venda de certificados de veículos.

Ao todo, o MP denunciou 66 pessoas pelos crimes de corrupção passiva, inserção de dados falsos no sistema do Detran, falsidade ideológica, peculato e formação de quadrilha. Foram expedidos 45 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão.

No posto de vistoria de Paracambi foram 20 denunciados, entre eles, o chefe do local Ricardo Loroza de Rezende, apontado como líder da quadrilha na cidade. Em Araruama, foram denunciadas 46 pessoas, funcionários e prestadores de serviço de dois postos de vistoria, chefiados por Nildo Sá Ferreira, também apontado como o líder do bando no local. Outro denunciado é o policial militar Rogério Teixeira Gonçalves, perito cedido inicialmente ao posto de Araruama, mas que estava trabalhando em São Pedro D'Aldeia, onde teria continuado a cometer fraudes.

Conforme a denúncia do MP, Ricardo e Nildo organizavam a atividade dos demais funcionários em seus postos e arrecadavam o dinheiro recebido por eles de motoristas que não desejavam submeter seus veículos aos procedimentos das vistorias regulares. João Carlos Lanhas La Cava de Abreu, ex-subchefe do posto de Araruama também é apontado como um dos líderes por manter as atividades ilícitas no posto de vistoria de São Pedro D´Aldeia, onde era o atual chefe.

Cada funcionário participava do esquema dentro de suas atribuições, arrecadando propinas. Entre eles: o chefe e o subchefe do posto, passando pelo técnico de controle e seus auxiliares, o vistoriador, o perito, o certificador, o vigilante e os despachantes. Em troca, eles deixavam de vistoriar os veículos e regularizar documentos diversos de licenciamento ao apresentarem laudos fajutos. Assim, Certificados de Registro de Veículos (CRV) e Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) eram "comprados".

A investigação também apurou fraudes no documento de transferência de propriedade dos veículos (DUT-Recibo), retirada de multas e IPVAs atrasados do sistema do Detran e emissão fraudulenta de carteiras de habilitação. Os suspeitos cobravam entre R$ 50 e R$ 300 pro fraude. A promotoria estima que as quadrilhas lucravam de R$ 200 mil a R$ 250 mil apenas com as vistorias de fachada.

Fonte: Terra
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