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Polícia

Corregedoria ouve policiais que impediriam transferência de Nem

11 nov 2011 - 15h56
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Policiais da 82ª DP (Maricá) compareceram ao prédio da Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), centro do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira, para prestar esclarecimentos sobre a ação que culminou na detenção do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem. Segundo a delegada Thatiana Loschm, diretora da Divisão de Assuntos Internos da Corregedoria, os policiais do Batalhão de Choque que efetuaram a prisão informaram que o advogado do traficante contatou o trio para interceder no episódio.

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Ao chegar, eles teriam atuado para impedir que o criminoso fosse levado até a sede da Polícia Federal (PF). Em sua defesa, os agentes afirmaram que apenas negociavam para que o procurado se rendesse na 15ª DP (Gávea).

Nem foi capturado em uma blitz do batalhão de choque da Polícia Militar em uma das saídas da Rocinha. O chefe do tráfico na comunidade estava no porta-malas de um Toyota Corolla preto com o equivalente a R$ 180 mil em dinheiro. O dinheiro estava divido em cédulas de real (R$ 59,9 mil) e de euro (50,5 mil euros aproximadamente R$ 120 mil).

O Nem

De acordo com o Disque-Denúncia, o chefe do tráfico da Rocinha passou por diversos setores da "carreira" de traficante. Começou como "vapor", encarregado de entregar as drogas aos compradores, depois atuou como "soldado", na proteção dos locais de venda contra a polícia e traficantes de facções rivais, até assumir a gerência de uma boca de fumo. Ele passou a controlar grande parte das vendas em 2005, junto com João Rafael da Silva, o Joca. Após a prisão de Joca, em outubro de 2008, Nem assumiu o controle da favela.

Nem tem 35 anos e mandados de prisão por tráfico de drogas, homicídio, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. É a primeira vez que ele é preso. O Disque-Denúncia oferecia recompensa de R$ 5 mil por informações que levassem a sua prisão.

A Rocinha é uma das maiores favelas da América Latina e fica entre dois dos bairros mais ricos do Rio de Janeiro, São Conrado e Gávea. Segundo o Censo 2010, o local conta com 69,3 mil habitantes. A invasão na comunidade para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) deve ocorrer neste final de semana. Desde a madrugada de quinta-feira, a polícia faz um cerco na região.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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