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Polícia

Em nota, MST apoia estudantes que invadiram reitoria da USP

11 nov 2011 - 15h04
(atualizado às 15h18)
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma nota, nesta sexta-feira, apoiando a mobilização dos estudantes que ocuparam a sede da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) em protesto contra uma ação da polícia que reprimiu o consumo de drogas no campus. Segundo a nota, a ação da polícia não foi isolada "faz parte da estratégia que o capital tem para com o nosso continente: transformar todos os bens em mercadoria".

Polícia realiza a reintegração de posse do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP)
Polícia realiza a reintegração de posse do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP)
Foto: Ivan Pacheco / Terra

"A terra, assim como a educação, são latifúndios que historicamente sempre estiveram nas mãos da elite brasileira", diz trecho do texto que classifica os estudantes e trabalhadores como exemplos de organização da "classe trabalhadora", mas que não cita o envolvimento com drogas que serviu de estopim para a mobilização estudantil.

O MST considerou como truculenta e arbitrária a ação da polícia que reprime e criminaliza "lutas e os lutadores sociais que sonham em construir um mundo mais justo (...) Repudiamos a ação truculenta e antidemocrática da polícia de São Paulo sob o comando do governador Geraldo Alkmin (PSDB) e do Reitor João Grandinho Rodas".

O MST diz que os estudantes se organizam frente aos processos de privatização da educação assim como os estudantes chilenos e colombianos. "Viemos por meio desta carta demonstrar toda a nossa solidariedade e apoio aos estudantes da Universidade de São Paulo, que lutam por autonomia e democracia nos rumos dessa importante universidade do nosso país para que ela represente de fato os anseios do povo brasileiro", diz a nota.

A carta não cita em nenhum momento que a ocupação levada a cabo depois que a Polícia Militar abordou e tentou prender três estudantes no campus por porte de maconha na quinta-feira da semana passada.

A tomada da reitoria foi levada a cabo por parte de um grupo insatisfeito com a resultado de uma votação em assembleia que decidiu, na terça-feira passada, por 559 votos a 458, encerrar a ocupação do prédio de administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O grupo deslocou o portão de trás do edifício da Administração Central, usando paus, pedras e cavaletes, e em poucos minutos chegou ao saguão principal do prédio. Os policiais usaram gás lacrimogênio, e alunos teriam ficado feridos após confronto.

Fonte: Terra
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