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Política

Alckmin diz que estudantes da USP precisam de 'aula de democracia'

8 nov 2011 - 17h22
(atualizado às 17h25)
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Em entrevista aos jornalistas nesta terça-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que os estudantes que ocuparam a reitoria da USP precisam ter "aula de democracia". Para o governador, "é inadmissível" ter de "chegar ao ponto de a polícia ter que ir lá fazer cumprir um decisão judicial".

Alunos Roberto Alves (vermelho) e Rafael Padial (branco) expõem argumentos em reunião no prédio de Geografia e História da USP
Alunos Roberto Alves (vermelho) e Rafael Padial (branco) expõem argumentos em reunião no prédio de Geografia e História da USP
Foto: Maurício Camargo / Futura Press

"Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia, precisam ter aula de respeito ao dinheiro público, respeito ao patrimônio público. Não é possível depredar instituições que foram construídas com dinheiro da população que paga impostos. Precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É inadmissível isso, é lamentável que tenha que chegar ao ponto de a policia ter que ir lá para fazer cumprir uma decisão judicial, mas ela já foi feita", afirmou.

Alckmin parabenizou a ação da Polícia Militar na desocupação do prédio. Segundo ele, a PM mostrou novamente "sua capacidade de trabalhar nessas situações de alto estresse". Pelo menos 70 estudantes foram detidos nesta terça-feira, depois que a polícia foi até o local cumprir a reintegração de posse.

Reintegração

A Polícia Militar chegou à universidade e cercou o prédio da reitoria por volta das 5h para cumprir a ordem judicial de reintegração de posse do imóvel. O prazo para a desocupação estipulado pela Justiça já havia se esgotado, e o emprego da força policial estava autorizado desde as 23h.

Inicialmente não houve enfrentamento entre estudantes e os policiais do Batalhão de Choque. Pelo menos três estudantes foram detidos ao tentar furar o bloqueio policial e entrar de volta na reitoria. Os policiais impediram o retorno apenas com os escudos, sem o uso de cassetetes ou bombas de gás.

Histórico

A invasão aconteceu por parte de um grupo descontente com o resultado de uma votação em assembleia que decidiu, na terça-feira, por 559 votos a 458, encerrar a ocupação do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O grupo deslocou o portão de trás do edifício da Administração Central, usando paus, pedras e cavaletes, e em poucos minutos chegou ao saguão principal do prédio. A FFLCH havia sido ocupada depois que a PM abordou três estudantes no campus por porte de maconha na quinta-feira da semana passada e tentou levar os usuários detidos. Os policiais usaram gás lacrimogênio, e alunos teriam ficado feridos após confronto.

Fonte: Terra
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