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Política

Oposição pede demissão do ministro do Trabalho e deve acionar MP

6 nov 2011 - 17h29
(atualizado às 19h51)
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Diogo Alcântara
Direto de Brasília

A oposição defende a saída do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), devido a irregularidades apontadas em reportagem da revista Veja, publicada no sábado. Na segunda-feira, o PSDB fará uma análise jurídica e política do caso e deve pedir abertura de inquérito ao Ministério Público.

"Desde o início, desde o caso Palocci, que foi o primeiro, eu defendo a tese de que se as denúncias são graves, são consistentes, e o afastamento é a primeira providência", disse o líder da legenda no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR). O senador critica a postura da presidente Dilma Rousseff, que ele considera previsível. Para ele, o sangramento público dos ministros antes do afastamento tem sido a prática do Planalto. Em dez meses de mandato, a presidente já demitiu cinco ministros por suspeitas de corrupção.

"Essa tem sido a rotina. A presidente adota a postura de advogada de defesa dos investigados, certamente em função de manter o apoio partidário e, ao final, o ministro acaba sucumbindo porque acaba não resistindo às denúncias e às pressões", disse o senador.

Amanhã, o PSDB promete fazer uma análise da situação antes de adotar alguma medida. Nos últimos casos, a oposição tem feito pedidos de investigação ao Ministério Público e convites para cobrar explicações do ministros no Congresso Nacional. Álvaro Dias, porém, acredita que o convite para falar em comissões no parlamento deve ser revisto. "O resultado (dos esclarecimentos) não tem sido favorável, porque há um esquema de proteção do convidado (por parte da base aliada), a maioria estabelece uma verdadeira blindagem", avaliou o senador.

Ontem Lupi solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal seja acionada para apurar as denúncias de desvios de recursos da pasta. Segundo Veja, o PDT teria transformado o setor de controle da pasta em instrumento de extorsão de ONGs, parlamentares e servidores públicos, com propinas que chegariam a 15% do valor cobrado por cursos de capacitação profissional. O ministro afastou o assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral do programa Qualificação e apontado como o operador do suposto esquema. Lupi divulgou nota na qual afirmou que "não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos" e abriu sindicância para apurar a existência de irregularidades neste setor do ministério.

Fonte: Terra
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