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União dos estudantes de SP repudia violência da polícia na USP

SP: União dos estudantes repudia violência da PM na USP

29 out 2011 - 20h07
(atualizado às 20h17)
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A União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) divulgou nota repudiando a violência da Polícia Militar ocorrida na última quinta-feira dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP). A UEE-SP quer demonstrar solidariedade com aqueles estudantes que foram agredidos e que hoje ocupam, como forma de protesto, o prédio da Faculdade de Filosofia, História e Geografia (FFLCH).

Após o confronto com a PM, o prédio da administração da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFLCH) da USP foi ocupado por estudantes
Após o confronto com a PM, o prédio da administração da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFLCH) da USP foi ocupado por estudantes
Foto: Hermano Freitas / Terra

De acordo com a nota, o livre trânsito da PM dentro do campus, permitido por meio de um convênio entre a reitoria da USP e a PM, está "na contramão do conceito do território livre que deve ser a universidade". O convênio assinado no dia 8 de setembro, após o assassinato a tiros do estudante Felipe Ramos de Paiva, 25 anos, nas dependências do campus, permite que a PM faça o policiamento ostensivo na universidade.

"É inadmissível que policiais usem a força repressora do Estado dentro do campus, ambiente livre para o pensamento e a livre circulação do pensamento", diz a UEE-SP.

A entidade aponta que outras formas de combate à violência podem ser implantadas pela reitoria. "A liberdade é um dos maiores princípios que nos guiam em qualquer que seja a nossa luta. Por isso, mais uma vez, prestamos solidariedade e apoio aos que se sentiram agredidos com a violência na USP", informa a nota.

O caso

Tudo começou na noite de quinta, após a PM flagrar três alunos portando maconha. No momento em que os policiais foram levar o trio para a delegacia, foram impedidos por estudantes. Um grupo de cerca de 300 alunos se aglomerou para protestar contra a presença policial no campus, e a PM chamou reforço.

Em seguida, os manifestantes cercaram a viatura que levava os estudantes e a polícia usou cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. Viaturas ficaram danificadas. Os estudantes assinaram um termo circunstanciado no 91º DP e foram liberados.

Para protestar, os estudantes ocuparam o prédio de administração da FFLCH na noite de quinta-feira e afirmam que vão continuar no prédio até que a universidade suspenda o convênio com a PM.

Fonte: Terra
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