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Polícia

BA: polícia apreende lixo hospitalar vendido em loja de tecidos

20 out 2011 - 09h23
(atualizado às 10h02)
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Após receber uma denúncia de que uma loja no centro de Ilhéus (a 465 km de Salvador) vendia tecidos hospitalares usados, a polícia foi ao local fazer uma averiguação e apreendeu, na última quarta-feira, quase um tonelada do material. De acordo com a titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Ilhéus, Andreia Oliveira, entre os objetos havia lençóis, fronhas, jalecos médicos, luvas, máscaras, calças e camisas, todos usados e sujos com manchas de sangue.

Ainda segundo a policial, entre os fardos recolhidos havia a inscrição "Material infectante", e, na rouparia, logomarcas de clínicas e hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O proprietário da loja não foi localizado pela polícia, mas o filho dele, Bruno Santos, foi ouvido e, em seguida, liberado. Na delegacia, o rapaz afirmou que compra o material com nota fiscal, como sendo "restos de retalhos". Ele disse ainda que vendia os produtos para "lojas e casas de saúde da região".

Durante toda a tarde de ontem, duas viaturas da polícia bloquearam a entrada da casa comercial. Ainda segundo a delegada, para transportar os 830 kg de material apreendido, foi preciso que uma caminhonete da polícia fizesse "várias viagens". Tudo foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses do município. "Mas todo o material será periciado, antes de ser incinerado", afirmou Andreia Oliveira.

Há suspeita que o dono da loja seja ainda proprietário de uma pousada, localizada no centro da cidade. A informação será apurada pela polícia, que investigará se no local eram usadas roupas de cama do material hospitalar. A delegada disse que o dono da loja vai ser indiciado por crimes ambientais, podendo pegar de um a quatro anos de prisão. "Esse material é um perigo à saúde da população e ao meio ambiente", explicou ela.

Pernambuco

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar a importação de toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos por uma empresa têxtil de Pernambuco. O lixo hospitalar apreendido na última segunda-feira naquele Estado era importado e vendido pela Império do Forro de Bolso, de Santa Cruz do Capibaribe (PE), que teve duas lojas interditadas no fim de semana pela Vigilância Sanitária ¿ em Santa Cruz do Capibaribe e em Toritama, onde o tecido podia ser comprado por R$ 10, o kg.

Fonte: Agência A Tarde
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