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Polícia

SP: nunca saberemos motivação de aluno atirador, diz pedagoga

23 set 2011 - 12h49
(atualizado às 13h48)
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Hermano Freitas
Direto de São Caetano do Sul

A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Altina Dantas Feijão, de São Caetano do Sul, região do ABC Paulista, disse nesta sexta-feira acreditar que jamais será descoberto o motivo pelo qual um aluno da escola baleou uma professora para depois se matar. De acordo com ela, o serviço de orientação pedagógica da escola nunca recebeu a visita do menino.

"Acredito que a motivação é algo que ficará no ar", disse Bernardete Cunha. Segundo a pedagoga, o garoto era uma criança doce, não se envolvia em bagunça - tampouco era quieto demais - e cumpria regras. "A gente via ele brincando, mas nunca em brigas, em confusão ou bagunça", declarou em entrevista coletiva na escola.

A diretora da escola, Marcia Gallo, afirmou que o estudante de 10 anos era um aluno regular e tirava boas notas. Conforme Marcia Gallo, não há registro de nenhum atrito entre a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, e o jovem.

"Foi um fato inusitado, teremos que trabalhar o lado emocional dos profissionais da escola. Ele era um aluno regular, tirava notas de 6 a 10 e não há histórico de reclamações de pais. Além disso, dava-se bem com os colegas e não há nenhum registro de atrito com a professora", afirmou Marcia. Ela desmentiu que o jovem tivesse acompanhamento psicológico ou tomasse remédios.

A previsão, de acordo com a diretora, é que as aulas sejam retomadas na próxima quarta-feira. Na segunda e na terça, a escola fará ativdades de planejamento para a retomada das atividades letivas. Ela disse que uma das 16 câmeras da escola registrou o momento em que o menino saiu da sala de aula e voltou com a arma.

Marcia Gallo ressaltou que não pode revistar os alunos porque são 2.230, sendo 900 por período, com idades variando desde o ensino fundamental até o ensino técnico noturno. Ela disse que "não há medidas complementares de segurança" que possam ser tomadas. A professora baleada deve ter alta neste sábado.

Entenda o caso

O crime ocorreu na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, no bairro Mauá, por volta das 15h50 do dia 22 de setembro. O aluno disparou contra a professora dentro da sala de aula, que era ocupada por 25 alunos. Após os disparos, ele se retirou da sala e disparou contra a própria cabeça. O garoto chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A professora foi transferida para o Hospital das Clínicas de São Paulo e não corre risco de vida.

Fonte: Terra
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