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Polícia

Menino que baleou professora era 'quieto e bom', diz vizinho

22 set 2011 - 21h48
(atualizado em 23/9/2011 às 00h16)
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Simone Sartori
Direto de São Caetano do Sul

O menino que atirou em uma professora e se matou nesta quarta-feira na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP), brincava pouco com as crianças do condomínio onde morava e era "quieto, bom e educado", segundo um vizinho que mora um apartamento acima da família do garoto. "Cheguei do trabalho pelas 21h e soube (do fato). Nem acredito que foi com ele. Achei muito esquisito, sendo o garoto. Ele era quietinho, bonzinho, educadinho. Nem acredito", disse o motorista autônomo Paulo Roberto Caetano da Silva, 49 anos, que alega conhecer o pai do menino "há muitos anos".

Escola suspendeu aulas após aluno ter atirado em professora e se matado na tarde desta quinta-feira
Escola suspendeu aulas após aluno ter atirado em professora e se matado na tarde desta quinta-feira
Foto: Simone Sartori / Terra

De acordo com Paulo, a família do menino é evangélica. Eles não estavam no condomínio por volta das 21h30, tampouco no Instituto Médico-Legal (IML), conforme afirmaram ao Terra guardas municipais à frente do local.

De acordo com a Polícia Militar, o estudante discutia dentro da sala de aula com a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, quando, por volta das 15h50, disparou contra a docente, que foi atingida na altura do quadril diante de 25 crianças.

Em seguida, segundo o relato de testemunhas, o menino se retirou da sala de aula e disparou contra a própria cabeça. Ambos foram socorridos com vida. O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, na avenida Keneddy, em São Caetano do Sul, e teve duas paradas cardíacas, sendo declarado morto às 16h50. A professora foi levada pelo helicóptero Águia ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, e seu estado de saúde é considerado estável, sem risco de morrer.

O revólver 38 utilizado pelo aluno tem porte legal, mas é particular, e não de propriedade da Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade, como chegou a ser aventado em função de o menino ser filho de um guarda. A informação é do secretário de Segurança do município, Moacyr Rodrigues. Segundo Rodrigues, o pai da criança trabalha na GCM há 14 anos e tem "conduta impecável". A polícia não soube informar como a criança conseguiu entrar na escola com o revólver.

A delegada Lucy Fernandes, do 3º DP de São Caetano, afirmou ao Terra que a investigação do caso estará centrada em "uma eventual omissão do pai ao guardar a arma e na possibilidade de alguém ter induzido a criança (a cometer o crime)". De acordo com Fernandes, o caso é delicado na medida em que o menino não pode nem mesmo ser considerado um adolescente infrator, por ter menos de 12 anos. Nenhuma testemunha havia sido ouvida até as 20h desta quinta-feira.

Às 20h33, a prefeitura informou que a professora, com a bala alojada entre o reto e o útero, seguia internada no Hospital de Clínicas, onde aguardava cirurgia. Ela é professora da rede municipal desde fevereiro de 2005. Na mesma nota, a prefeitura confirmou que o corpo do menino havia sido liberado após perícia no Hospital Albert Sabin, tendo seguido para o IML do município.

Fonte: Terra
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