PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Polícia

RJ: cracolândia afeta até funcionamento de trens

17 set 2011 - 04h09
Compartilhar
BRUNO MENEZES

A cracolândia no entorno das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Manguinhos, na Zona Norte, não causa transtornos apenas para a empreiteira responsável pela intervenção e moradores. Motoristas que trafegam pela região e até passageiros de trens sofrem as consequências. A SuperVia admite que as composições reduzem a velocidade à metade quando passam no trecho para evitar atropelamento de viciados sob efeito do crack.

Ainda segundo a empresa, isso aumenta o tempo de viagem e prejudica o passageiros. Motoristas temem que viciados atravessem repentinamente a via ou que haja ataques de bandidos. A SuperVia explicou que uma série de medidas foi tomada para evitar acidentes com os viciados na linha férrea. Uma delas é a redução da velocidade dos trens, de 60 km/h para 30 km/h no trecho de Manguinhos. Mesmo assim, este ano, uma pessoa foi atropelada.

Outra prevenção é quanto aos acessos clandestinos. A SuperVia fecha, por mês, média de quatro buracos de passagens ilegais na malha do Rio - ao todo existem hoje cerca de 30 buracos no trecho de responsabilidade da empresa. O gasto para o fechamento dos buracos chega a R$ 450 mil por ano. De 4 buracos fechados por mês, 3 são reabertos.

Em nota, a SuperVia informou que 'os danos causados ao passageiro são possíveis atrasos e cancelamentos de viagens'. Desde terça-feira, O Dia vem denunciando o drama de viciados em crack em Manguinhos e os crimes praticados a poucos metros de uma das principais obras do PAC.

A situação numa das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio preocupa o Ministério das Cidades, em Brasília. Em nota, o órgão diz que vai encaminhar ofício ao governo estadual pedindo esclarecimentos sobre ¿as providências que estão sendo adotadas¿. Já o Ministério do Trabalho anunciou que fará inspeção no canteiro de obras do PAC na região, para verificar as condições de trabalho no local.

Entregas em área limitada
Caminhões de entrega de mercadorias, veículos constantemente assaltados na região, deixaram de passar pelo local. "Somos proibidos pela empresa. O carro tem GPS, e somos cobrados se avançarmos na área", conta motorista de uma empresa de bebidas. Comerciantes confirmam. "Precisamos fazer carreto particular para buscar bebidas em depósitos", revela a dona de um bar que funciona na região.

Traficantes e viciados ocupam a linha do trem na altura de Manguinhos, o que obriga maquinistas a reduzir à metade a velocidade ao passar no trecho
Traficantes e viciados ocupam a linha do trem na altura de Manguinhos, o que obriga maquinistas a reduzir à metade a velocidade ao passar no trecho
Foto: Bruno Menezes / O Dia
Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade