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Polícia

PMs depõem e negam participação em morte de juíza em Niterói

13 set 2011 - 20h40
(atualizado às 22h47)
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Os três militares suspeitos de envolvimento no caso do assassinato da juíza Patrícial Acioli, executada com 21 tiros em 11 de agosto em Niterói (RJ), negaram envolvimento no crime. Após três horas e 15 minutos de depoimento, realizado nesta terça-feira na Divisão de Homicídios (DH), o tenente Daniel dos Santos Benitez declarou ser inocente, segundo o advogado que o acompanhou, Saulo Salles. "Ele negou a autoria e vamos comprovar isso na marcha do processo. Não tem nenhuma prova. É inocente de todas as acusações", disse o advogado.

Os cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araujo Miranda também negaram qualquer participação no assassinato da magistrada.

Salles declarou que Benitez estava perto do Fórum de São Gonçalo no dia do crime e que ligou para a advogada que o defende em outro processo sobre a morte de um rapaz. "Ele entrou em contato com a advogada e ela informou que a juíza Patrícia Acioli iria decretar a prisão dele e dos outros indiciados em um possível auto de resistência que se transformou em um processo de homicídio. A advogada estava no fórum, então ele foi ao encontro dela para tentar entrar em contato."

O advogado disse ainda que o tenente negou ter estado próximo ao condomínio onde a juíza morava, em Niterói. "Agora vamos esperar a autoridade policial se manifestar, e vamos combater com os recursos cabíveis." O depoimento terminou por volta das 17h, quando começou a ser ouvido outro policial, um cabo também acusado de envolvimento no crime. Está marcado para hoje ainda o depoimento de outro militar.

Desde o assassinato, agentes da DH cumpriram uma série de mandados de busca e apreensão com o objetivo de encontrar as armas utilizadas no assassinato da juíza. As buscas de hoje foram realizadas em casas de militares do Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º Batalhão (São Gonçalo), acusados de participar da morte de um jovem de 18 anos no dia 3 de junho, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo.

O delegado Felipe Ettore, titular da DH, chegou a dizer que a morte da juíza foi a forma que os PMs tiveram de tentar evitar a prisão pela morte desse rapaz. "Eles não sabiam que os mandados haviam sido expedidos pouco antes da execução", afirmou.

Advogado do Tenente Daniel dos Santos, Saulo Sales, diz que seu cliente se declarou inocente
Advogado do Tenente Daniel dos Santos, Saulo Sales, diz que seu cliente se declarou inocente
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press
Agência Brasil Agência Brasil
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