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Chuva afeta 819 mil em SC e deixa 34 municípios em emergência

9 set 2011 - 10h29
(atualizado às 20h53)
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Um boletim emitido pela Defesa Civil de Santa Catarina nesta sexta-feira alertava para o aumento dos estragos causados pela chuva no Estado. Eram mais de 819 mil pessoas afetadas, 57,4 mil desalojados e 8,2 mil desabrigados em 85 municípios, sendo que 34 decretaram situação de emergência e dois de calamidade pública (Rio do Sul e Brusque).

A cheia do rio Itajaí-Mirim preocupa os moradores de Brusque
A cheia do rio Itajaí-Mirim preocupa os moradores de Brusque
Foto: João Aumond / vc repórter

Conforme a Defesa Civil, a instabilidade diminuiu bastante no Estado na tarde de hoje, mas a nebulosidade ainda predominava, com chuviscos isolados. Em Florianópolis, Vale do Itajaí, litoral norte e planalto norte do Estado, o acúmulo de chuva não era significativo, devendo ficar abaixo de 10 mm no fim do dia. Apesar do baixo volume de chuva previsto, Santa Catarina continuava em alerta devido aos alagamentos, enchentes e deslizamentos. A maré elevada dificultava o escoamento das águas da chuva para o oceano.

A situação que mais preocupa as autoridades de Santa Catarina é com a inundação que deve ocorrer nesta sexta-feira em Itajaí, cidade localizada no litoral norte do Estado. A estimativa é de que pelo menos 80% do município seja alagado. Equipes da Defesa Civil permaneceram toda a madrugada de plantão na sede do órgão, na região continental de Florianópolis.

De acordo com o major Aldo Batista Neto, diretor de resposta a desastres do governo estadual, o cenário ainda pode se agravar consideravelmente nesta sexta-feira, principalmente na cidade de Itajaí. Toda a água que segue pelos rios da região desemboca no município, que já contabiliza vários pontos de alagamentos.

"O quadro nos preocupa muito em Blumenau, Rio do Sul e em especial Itajaí. Toda essa água que desce pelo Vale e Alto Vale irá chegar à cidade nas próximas horas", disse. "Há também o rio Itajaí Mirim, que também verte e causa alagamos na região central".

Aldo destaca que a Defesa Civil tem trabalhado para retirar as famílias que vivem em áreas de risco de suas casas e levá-las a abrigos. O órgão já mapeou com antecedência os locais que devem ser inundados e o acompanhamento feito por toda a madrugada na sede do órgão, em Florianópolis, tem auxiliado a orientar os municípios. "Diferente do que ocorre em outros fenômenos, com a enchente acompanhamos as cotas dos rios e suas elevações e com isso podemos retirar as pessoas de casa a tempo", disse.

Representantes do governo federal estiveram na madrugada desta sexta-feira acompanhando os trabalhos na sede da Defesa Civil catarinense, em Florianópolis. O chefe de gabinete do Ministério da Integração, Gelson de Albuquerque e Gabriel Schadeck, diretor de minimização de desastres da Defesa Civil Nacional desembarcaram em Santa Catarina e devem seguir para as regiões afetadas nas próximas horas.

A primeira morte registrada pela Defesa Civil ocorreu na noite de quinta-feira em Guabiruba, cidade localizada a 100 km de Florianópolis. Valdemiro Carminatti, 66 anos, tentava arrumar o telhado quando sua casa desabou. Quando equipes de resgate chegaram ao local, ele já estava morto.

Fonte: Terra
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