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Governo anuncia R$ 1,5 bi para desenvolvimento de remédios

8 set 2011 - 20h14
(atualizado às 23h12)
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O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira que investirá R$ 1,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de remédios entre 2012 e 2015, quatro vezes mais que o investimento dos últimos anos nessa área. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, em um encontro com representantes de diferentes centros científicos, que os recursos serão destinados a pesquisas de novos medicamentos, tratamentos, vacinas e equipamentos.

Nos últimos quatro anos, foram aplicados R$ 400 milhões em pesquisa e desenvolvimento de remédios, valor equivalente a 53% do total investido na área, incluindo os recursos dos laboratórios privados. Padilha disse que o financiamento será destinado também à pesquisa de remédios contra dengue, malária, câncer, Aids e doenças crônicas não-transmissíveis, que estão entre as que mais ameaçam a saúde dos brasileiros.

Os recursos se concentrarão nos 151 projetos mais viáveis. O aumento de verba para o desenvolvimento dessas pesquisas tem por objetivo reduzir as despesas do País com a importação. "Investiremos em pesquisa e inovação tecnológica para que possamos produzir os remédios com os quais enfrentaremos nossos problemas", afirmou o ministro.

Padilha citou um relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que diz que, no mundo todo, 80% das pesquisas de novos princípios ativos são realizadas por laboratórios multinacionais privados. O ministro aproveitou a reunião com os cientistas brasileiros para lançar a Plataforma Brasil e o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rebec), que unificarão os dados das pesquisas que incluem testes com humanos.

As duas iniciativas permitirão reduzir o tempo que um pesquisador precisa esperar pela autorização para realizar testes com pacientes voluntários. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, esse tempo é atualmente três vezes maior no Brasil que na maioria dos países que realizam esse tipo de pesquisa. Enquanto no Brasil o prazo para obter a autorização é de 10 a 14 meses, nos Estados Unidos, França e Canadá é de no máximo quatro meses e na Argentina, seis.

EFE   
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