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MST desocupa terras da Cutrale em SP, mas promete novos atos

26 ago 2011 - 15h01
(atualizado às 15h20)
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Os 400 trabalhadores sem terra que ocupavam desde segunda-feira uma área da União pertencente à Cutrale começaram a sair ao meio-dia da fazenda, que fica no município de Iaras, interior de São Paulo. "A ocupação da área cumpriu o objetivo de pautar o debate sobre o uso de terras públicas para fins privados e denunciar os crimes cometidos pela Cutrale", justificou Judite Santos, da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ela promete novos atos.

A coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promete novos atos após invasão da Cutrale
A coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promete novos atos após invasão da Cutrale
Foto: Wagner Carvalho / Especial para Terra

"Conseguimos denunciar também que o suco de laranja da Cutrale é vendido em uma caixinha bonita para os ricos, mas é produzido com base na utilização exagerada de agrotóxicos", criticou Judite Santos. Os sem-terra marcharam no centro de Bauru (SP) e participaram de uma audiência pública na Câmara Municipal sobre a grilagem de terras e a necessidade da realização da reforma agrária na região.

"A luta pela retomada das terras públicas vai continuar até que todas elas se transformem assentamentos para trabalhadores rurais sem terra", afirmou Judite. Segundo ela, as próximas ações do MST serão definidas a partir da audiência pública, especialmente o posicionamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O MST luta pela retomada das terras griladas no município de Iaras desde 1995. Dois anos atrás, foi realizado um protesto na área, que pertence à Cutrale. O MST acusa a empresa de comprar a fazenda de um grileiro e instalar uma plantação de laranjas. Conforme o movimento, em negociação com o Incra, a Cutrale admitiu que a origem da fazenda é irregular e prometeu repassar uma outra área para o assentamento das famílias. No entanto, teria rompido o acordo, o que motivou as ocupações.

Fonte: Terra
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