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Política

Líder: Dilma deixará base livre para votar sigilo de documentos

25 ago 2011 - 20h09
(atualizado às 20h14)
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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quinta-feira que a presidente Dilma Rousseff vai deixar a base aliada à vontade para votar o projeto de lei que trata do sigilo de documentos oficiais. O relatório do senador Fernando Collor (PTB-AL) foi apresentado hoje à Comissão de Relações Exteriores do Senado, sugerindo mudanças no texto que foi aprovado na Câmara dos Deputados. Foram concedidas vistas coletivas ao parecer de Collor, que só deverá ser votado pelos integrantes da comissão na próxima semana.

Segundo Jucá, o governo não vai direcionar como deseja que a base vote nesse caso, apesar de o projeto inicial ter sido enviado pelo Poder Executivo. "O projeto do Executivo não prevê esses pontos que o senador está tratando, eles foram colocados pela Câmara. O governo quer ver o projeto aprovado, por enquanto não se está discutindo possíveis vetos", disse o líder.

A polêmica em torno do projeto foi gerada por uma modificação feita na Câmara dos Deputados que impõe um período máximo de 50 anos para que um documento possa permanecer em sigilo. Mas Collor considera que pode ser temerário impor um prazo máximo para a divulgação dos documentos e colocou em seu relatório que o sigilo possa ser renovado indefinidamente em alguns casos.

Ele alega que a divulgação de algumas informações pode por em risco a soberania do País, estratégias econômicas e as relações internacionais do Brasil. Alguns setores da sociedade, no entanto, entendem que essa modificação se trata da imposição de um "sigilo eterno", e que isso atrapalharia a publicidade e o acesso à informação sobre as decisões de governo.

Agência Brasil Agência Brasil
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