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Política

Kassab pede registro do PSD ao TSE mesmo sem avais regionais

23 ago 2011 - 16h43
(atualizado às 17h02)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O PSD, partido cujo idealizador é o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, apresentou na tarde desta terça-feira pedido de registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. No documento, a futura legenda ignorou uma resolução de 2010 que prevê que, antes da solicitação de registro na Corte eleitoral, a criação do partido precisaria ser aprovada por nove tribunais regionais eleitorais (TRE). Com aval apenas do TRE de Santa Catarina, o PSD corre contra o tempo para se regularizar até outubro e poder disputar as eleições municipais de 2012.

O partido, que foi acusado de fraudar parte das quase 500 mil assinaturas de apoio necessárias à sua criação, argumentou no pedido encaminhado ao TSE que enfrentou "larga demora" dos cartórios eleitorais no credenciamento dos representantes que recolheriam as rubricas, além de uma greve no Poder Judiciário, que foi "um grande entrave no processo de certificação em alguns estados onde o PSD goza de boa estrutura".

A legenda ainda observou que foi alvo de um "rigoroso procedimento de reconhecimento de firma" na certificação de assinaturas e buscou justificar a fraude em algumas assinaturas recolhidas. "O PSD foi vítima de alguns que não tomaram a tarefa com a responsabilidade devida, como também a já apurada infiltração de adversários que se aproveitaram do processo para apresentar-se e assinar no lugar de pessoas já falecidas e conhecidamente analfabetas, buscando com isso macular a imagem do novo partido perante a opinião pública", argumentou o futuro partido.

O PSD ainda acusou adversários de promoverem uma "conduta anti-republicana" ao contestar a futura legenda na Justiça com o único objetivo de atrasar seu processo de regularização.

A próxima fase para obter o registro é a designação de um relator para determinar diligências para sanar eventuais falhas no processo. O Ministério Público também poderá apontar diligências nessa período.

Apoio político

Na última semana, Gilberto Kassab fez uma peregrinação por Brasília e defendeu que, antes de a legenda definir um apoio formal nas eleições presidenciais de 2014, será preciso fixar espaços conquistando o maior número de prefeituras no pleito municipal de 2012.

Ele voltou a afirmar que, caso haja candidatura tucana à prefeitura de São Paulo no próximo ano, o PSD deverá apoiá-la, integrando o bloco. "Se quiserem, terão nosso apoio. Caso contrário, teremos oportunidade de encontrar um candidato que procure representar a continuidade de um governo que é bem avaliado pela população", afirmou.

Entre os quadros do PSD, os possíveis candidatos, também resistentes em aceitar disputar a prefeitura, são o vice-governador Guilherme Afif Domingos, o secretário de Planejamento e hoje presidente dos conselhos de empresas municipais, Francisco Vidal Luna, e o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge.

Kassab reiterou, na ocasião, que o PSD terá uma postura "independente" em relação ao governo federal, apoiando o Palácio do Planalto em medidas específicas, como as políticas de enfrentamento da crise financeira mundial.

Fonte: Terra
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