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Polícia

Peça-chave na investigação de morte de juíza é identificada

18 ago 2011 - 03h02
(atualizado às 03h29)
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Adriana Cruz e Vania Cunha

A foto de um suposto envolvido na execução da juíza Patrícia Acioli, executada com 21 tiros em frente à sua casa na última quinta-feira em Niterói, é peça-chave nas investigações da Divisão de Homicídios. A imagem foi entregue a policiais por uma testemunha, que diz ter visto o homem duas vezes antes do crime no condomínio onde a magistrada morava em Piratininga, Niterói.

Agentes investigam se o fotografado é Alex Sandro Costa da Silva, o Orelhinha, preso sexta-feira por policiais do 7º BPM (São Gonçalo). Ele integra lista de 12 ameaçados, como Patrícia e outras autoridades, apreendida em janeiro com Wanderson Souza Silva, o Gordinho. Apesar de integrar lista, Orelhinha seria comparsa de Gordinho.

Orelhinha, que tinha mandado de prisão expedido, foi localizado em Trindade, em São Gonçalo, em um Corolla prata semelhante ao veículo usado pelos bandidos na noite da emboscada. Outra informação recebida pela polícia é a de que seriam semelhantes o casaco usado por um dos que mataram a juíza e o usado pelo suspeito de pesquisar sobre ela. Embora a polícia investigue a suspeita de que o fotografado seja Orelhinha, ele não foi reconhecido pela testemunha.

Segundo o depoimento, o envolvido na morte foi ao local do crime uma semana antes e fez perguntas. O fotografado foi ao local segunda-feira, às 23h30, e observou movimentação na casa de Patrícia.

Juíza tinha suspeitas sobre oficial PM de sua escolta
O embate da juíza Patrícia Acioli sobre sua escolta com o Tribunal de Justiça começou em 2001. De acordo com o depoimento da magistrada na Corregedoria da Polícia Militar em 26 de fevereiro de 2002, foi indicado para sua segurança um oficial que teria visitado na cadeia PM condenado por ela e acompanhado o julgamento do agente penitenciário Wilson Farias dos Santos. O réu teve pena de 77 anos de prisão. O oficial PM trabalha até hoje na Diretoria-Geral de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça.

"Caveira" do Batalhão de Operações Especiais (Bope), ele integra a escolta do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Luiz Zveiter. O próprio oficial também pediu que a Corregedoria da corporação investigasse sua conduta, mas nada ficou comprovado sobre as preocupações da juíza.

Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Foto: Reprodução
Fonte: O Dia
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