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Política

Ministro admite uso de jatinho de empresa de agronegócios

16 ago 2011 - 16h39
(atualizado às 16h43)
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Em nota divulgada na tarde desta terça-feira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), admitiu ter pego carona em "raras ocasiões" no jatinho da empresa Ourofino Agronegócios, de Ribeirão Preto (SP). Segundo reportagem do jornal Correio Braziliense, funcionários do aeroporto relataram que Rossi e um de seus filhos, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), sempre são vistos embarcando na aeronave, avaliada em US$ 7 milhões. No comunicado, o ministro negou, porém, favorecimento à empresa, que tem um assessor especial de Rossi como um dos sócios, segundo o jornal.

Rossi já falou sobre as denúncias de corrupção da pasta na Comissão de Agricultura do Senado
Rossi já falou sobre as denúncias de corrupção da pasta na Comissão de Agricultura do Senado
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Conforme a publicação, o faturamento da Ourofino cresceu 81% depois que a empresa foi incluída como fornecedora de vacinas para a campanha contra a febre aftosa, iniciada em novembro de 2010. Rossi afirmou, porém, que o processo para a companhia produzir o medicamento teve início na pasta em 2006, antes de Rossi ir para o ministério.

Rossi disse ainda que, além da Ourofino, outras empresas também receberam licenças do governo durante a gestão dele. Até 2009, informou, apenas seis marcas, sendo cinco internacionais, tinham autorização do governo para produzir e vender vacinas contra febre aftosa no Brasil. "A decisão, técnica, teve como objetivo abrir o mercado."

O ministro negou que tenha havido privilégios ou tratamento especial às empresas e garantiu que elas têm reputação no mercado e cumpriram todos os pré-requisitos legais. Em menos de três semanas, essa foi a terceira nota de Rossi à imprensa para responder denúncias envolvendo autoridades do ministério.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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