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Polícia

Parentes da juíza assassinada em Niterói querem proteção

15 ago 2011 - 01h10
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Parentes da juíza titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Patrícia Acioli, vão pedir segurança ao Estado para as filhas - de 10 e 12 anos -, o enteado, o ex-marido, um PM e funcionários que trabalhavam com a magistrada, caso as investigações não sejam concluídas pela Polícia Civil em uma semana. Neste domingo, agentes da Divisão de Homicídios ouviram depoimentos e recolheram informações sobre os bandidos que mataram com 21 tiros a juíza na porta da casa dela em Piratininga, Niterói, na quinta. A meta é eleger principais alvos. "Se os assassinos continuarem soltos, essas pessoas não poderão ficar desprotegidas", desabafou Humberto Nascimento, primo de Patrícia.

Hoje parentes da juíza, amigos e moradores da Região Metropolitana farão ato, com apoio da ONG Rio de Paz, na porta do Fórum de São Gonçalo, às 11h. "Vamos usar mordaças para questionar quem silenciou a voz da Justiça", afirmou o presidente da entidade, Antônio Costa. Neste domingo houve romaria no cemitério de Maruí, onde a magistrada foi enterrada.

Três juízes vão realizar a audiência de julgamento, que seria feita por Patrícia, do policial civil aposentado Luiz Janson. Ele consta no rol dos investigados pela polícia sobre o assassinato da magistrada. Até ontem, o Disque Denúncia já havia recebido 64 ligações sobre o caso.

'É isso que você merece'

O ódio dos matadores de Patrícia foi além dos 21 tiros disparados contra a magistrada. Segundo testemunha, um dos dois criminosos - que atiraram com pistolas de calibre 40 e 45 - gritou, antes de apertar o gatilho: "Toma sua f.d.p.. É isso que você merece!"

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) vai apresentar projeto aos tribunais propondo criação de serviço de inteligência para cuidar da segurança dos juízes. "Queremos também treinamento especial para os policiais", disse a juíza Renata Gil, da Comissão de Direitos Humanos da AMB.

Homenagem

Colega de turma de Patrícia de 1982 a 1987, na Faculdade de Direito da Uerj, o advogado Arlindo Daibert, 46, escreveu poema para a juíza. "Nossa turma se encontra todo ano. Nos últimos, em função do trabalho, ela não aparecia. Disse que iria no próximo", lamentou. Emocionado, lembra da amiga como forte, convicta e solidária. "Acolheu um rapaz em casa que foi discriminado por PM no Maracanã. O policial recebeu voz de prisão", contou.

Fonte: O Dia
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