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Polícia

Sobe para 100 o nº de juízes ameaçados; 58 não têm escolta

12 ago 2011 - 22h25
(atualizado às 22h31)
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Pelo menos 100 magistrados têm a vida ameaçada atualmente, segundo dados atualizados na tarde desta sexta-feira pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desses, apenas 42 são escoltados. A corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, havia informado mais cedo que 87 juízes estavam ameaçados no País, mas o número não contabilizava dados dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.

Juíza ameaçada diversas vezes foi executada na noite de quinta-feira em Niterói (RJ)
Juíza ameaçada diversas vezes foi executada na noite de quinta-feira em Niterói (RJ)
Foto: Mauro Pimentel / Futura Press

Os dados foram informados pelos tribunais a pedido da Corrregedoria Nacional de Justiça. No entanto, alguns tribunais ainda não encaminharam informações, o que sugere que este número é maior. De acordo com as informações prestadas, há 69 juízes ameaçados, 13 sujeitos a situações de risco e 42 escoltados. Muitos magistrados se enquadram em duas situações ao mesmo tempo - ameaçados com escolta, ou em situação de risco com escolta, por exemplo. O Estado do Paraná é o que mais apresenta juízes ameaçados: são 30, número seguido pelo do Estado do Rio de Janeiro, que possui 13 juízes nessa situação.

A juíza criminal Patrícia Acioli foi executada com 21 tiros na noite de quinta-feira na porta da casa onde morava, em Niterói (RJ). Depois de receber inúmeras ameaças de morte, ela solicitou a renovação da escolta policial em 2009 ao então presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RS), Luiz Zveiter, de acordo com o desembargador Rogério de Oliveira Souza.

Segundo relato dado ao Jornal Nacional, no entanto, Zveiter disse que a conversa com a juíza naquela ocasião não foi sobre este tema, e sim sobre um incidente entre ela e o namorado, contra quem registrou queixa de agressão. Ainda de acordo com o telejornal, o então presidente do TJ afirmou que outras pessoas presenciaram a conversa e podem confirmar seu conteúdo.

O atual presidente do TJ-RJ, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, confirmou mais cedo hoje que a juíza teve escolta composta por três policiais no período entre 2002 e 2007 e que, a partir daquele ano, houve uma reavaliação na quantidade de efetivo necessário. O TJ avaliou que o número deveria passar de três para um agente. A juíza teria considerado desnecessária a escolta e optado por descartá-la quando informada sobre a alteração.

Fonte: Terra
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