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Base se queixa de Dilma como foi com ele e FHC, diz Lula

12 ago 2011 - 18h54
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Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, em São Bernardo do Campo (região metropolitana de São Paulo), que as queixas da base aliada à presidente Dilma Rousseff são semelhantes às que ele e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sofreram em seus respectivos governos. Segundo ele, é natural que a base queira sempre "mais espaço".

"Aonde eu vou, faço reunião com a base. As pessoas se queixam como se queixavam de mim, como se queixavam de Fernando Henrique Cardoso. Como se queixavam de qualquer outro presidente. É normal que a base queira, cada vez mais seja atendida", disse.

Segundo Lula, a presidente Dilma tem uma relação muito boa com os partidos aliados. "Os partidos sabiam antes da eleição e agora sabem mais ainda que ninguém pode ser colocado no governo com o intuito de se apropriar do dinheiro público. Isso vale para qualquer partido, para qualquer aliado, e a presidente Dilma está apenas garantindo que os órgãos de investigação façam as investigações corretas", afirmou.

Lula afirmou que Dilma está em "início de governo" e que a sua equipe ainda não está consolidada. "É importante a gente lembrar que a presidenta Dilma só tem seis meses de governo. Nem todo o conjunto do governo está montado ainda. Então é preciso ter paciência e o que é importante é que ela está fazendo um trabalho extraordinário e vai fazer mais e melhor", afirmou.

O presidente fez críticas à atuação da Polícia Federal no caso envolvendo pessoas ligadas ao ministério do Turismo. "O que eu vou dizer agora eu dizia quando era presidente da República. Eu acho que só existe um jeito de as pessoas não serem presas nesse País: as pessoas andarem na linha. Ao mesmo tempo, não é aceitável que uma pessoa que tenha endereço físico, que tenha RG, que tenha CIC seja presa como se fosse um bandido qualquer e algemado quase como se estivesse participando de uma exposição pública", disse.

Segundo Lula, é preciso que as pessoas tenham responsabilidade. "A partir do momento que você põe a cara de uma pessoa no jornal, preso e algemado e no dia seguinte prova que ele é inocente, é preciso que tenha alguém que tenha coragem de pedir desculpa, porque nós estamos cansados de ver injustiças acontecendo nesse País. É preciso que a gente não exponha inocentes. A Polícia Federal é uma instituição da maior responsabilidade e a gente não pode julgar uma corporação por um equívoco de um delegado e de um funcionário que extrapolou o bom senso da sua atuação", afirmou.

Fonte: Terra
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