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Política

Líder critica operação da PF: algema é tortura psicológica

11 ago 2011 - 13h08
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Candido Vaccarezza (PT-SP), voltou a criticar nesta quinta-feira o "evidente abuso de autoridade" da Polícia Federal, que na manhã de terça desbaratou a Operação Voucher, detendo, entre outros, o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Para ele, o uso de algemas contra os suspeitos foi feito de forma indiscriminada, o que representaria uma "tortura psicológica".

Presos na Operação Voucher são transferidos para o Amapá
Presos na Operação Voucher são transferidos para o Amapá
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Em 2008, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram regras para limitar a utilização de algemas e evitar que elas fossem utilizadas indiscriminadamente. Conforme a decisão do STF, as algemas só podem ser usadas em explícita resistência, risco de fuga ou perigo à integridade física da escolta ou do próprio suspeito.

"Independentemente da apuração, é evidente o abuso da autoridade do juiz, do promotor e na ação da Polícia Federal. Como existe uma indignação justa contra a corrupção, as pessoas não ficam indignadas com as algemas. Não estou questionando a autonomia (da Polícia Federal), estou questionando o 'como'. Algema é uma tortura psicológica", disse Vaccarezza.

Para o líder governista, a não utilização de algemas não representa, no entanto, "tratamento VIP" a investigados. "Não estou defendendo tratamento VIP. Estou defendendo um tratamento democrático para o cidadão comum", afirmou.

Fonte: Terra
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