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Política

Após prisões no Turismo, Sarney defende ministro peemedebista

9 ago 2011 - 11h52
(atualizado às 20h10)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), saiu em defesa nesta terça-feira do ministro do Turismo, o maranhense Pedro Novais (PMDB), e disse que o aliado, alçado ao primeiro escalão do governo federal pelos peemedebistas, tem "reputação ilibada". A manifestação de Sarney ocorre após a Polícia Federal (PF) ter deflagrado nesta manhã a Operação Voucher, que prendeu 35 pessoas supostamente ligadas a um esquema de desvio de recursos de convênios na pasta. Entre os detidos estão secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

"Pelo que conheço dele (Pedro Novais) trata-se de um homem que tem uma reputação ilibada. Eu, por exemplo, não conheço quem é esse secretário que foi preso, não sei nem o seu nome, nunca o vi e também nunca tive nenhuma informação a respeito de qualquer ação no Ministério do Turismo", disse Sarney, que negou que tenha atuado pessoalmente para a indicação de Novais como ministro do governo Dilma.

"O ministro não foi indicação minha. A Câmara dos Deputados, através de sua bancada, ficou de indicar um ministro para o Turismo, e a bancada no Senado ficou de indicar um outro ministro, que era o de Minas e Energia", explicou ele, evitando se manifestar sobre a cobrança de aliados, em especial do Partido da República (PR), para que envolvidos em irregularidades filiados a outras agremiações tenham o mesmo tratamento dispensado aos republicanos no escândalo do Ministério dos Transportes.

"Nenhum ministério está isento de qualquer investigação. Acho que onde tiver irregularidades o governo deve agir com energia para que ele possa cumprir com a missão da administração pública", declarou. Para Sarney, a episódio acaba por desgastar o PMDB, que controla a pasta. "A investigação se refere ao secretário-executivo do ministério. Não tem dúvida que um assunto dessa natureza desgasta o partido. Deve se investigar o máximo possível", disse.

Fonte: Terra
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