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Após reunião com militares, Amorim diz: "não vou reinventar a roda"

6 ago 2011 - 19h20
(atualizado às 19h50)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

Após reunião de cerca de duas horas com os três comandantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e com o chefe do estado maior do conjunto das Forças Armadas, Amorim se disse satisfeito com o encontro e que foi uma reunião produtiva, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa. Sobre a condução dos trabalhos no ministério, Amorim disse: "Não vou reinventar a roda".

Amorim ficou satisfeito com o encontro e que foi uma reunião produtiva. "Não vou reinventar a roda", disse
Amorim ficou satisfeito com o encontro e que foi uma reunião produtiva. "Não vou reinventar a roda", disse
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O encontro entre Amorim e o alto comando das Forças Armadas serviu como primeira apresentação entre eles. Nos próximos dias, o novo ministro da Defesa deve fazer reuniões individuais com cada um dos comandantes. Amorim ouviu de cada um dos militares uma exposição sobre os programas e projetos prioritários e as questões mais urgentes da pasta, como o orçamento da Defesa. Em contrapartida, Amorim destacou a necessidade de conhecer mais a fundo as organizações militares do País.

Mais cedo neste sábado, Amorim teve longa reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, residência oficial. Segundo a assessoria do Ministério da Defesa, no encontro, Dilma detalhou a Amorim as primeiras orientações para a condução da pasta.

A posse do novo ministro da Defesa está marcada para esta segunda-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, ainda sem horário definido. Amorim foi convidado por Dilma para chefiar o Ministério da Defesa após polêmicas declarações do ex-ministro Nelson Jobim, que pediu demissão na última quinta-feira.

Jobim foi nomeado por Lula em 2007 e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro caiu após declarações dadas à revista Piauí. Na entrevista, Jobim teria afirmado que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é "fraquinha", além de ter dito que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "sequer conhece Brasília". Jobim negou ter feito as críticas e disse que as informações seriam "parte de um jogo de intrigas".

Na última semana, outra declaração de Jobim à imprensa gerou mal-estar no governo. Em entrevista, ele declarou seu voto no tucano José Serra nas eleições presidenciais do ano passado. A série de frases polêmicas, contudo, começou no início de julho, em uma cerimônia em homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Senado Federal. Ao discursar, citou o dramaturgo Nelson Rodrigues, dizendo que "os idiotas perderam a modéstia". A falta foi interpretada como uma insatisfação do ministro com sua situação no governo. Mais tarde, contudo, ele disse que se referia a jornalistas.

Jobim é o 3º ministro em 8 meses

Este foi o terceiro ministro que cai em oito meses de governo Dilma. O primeiro foi o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci que não resistiu a denúncias de tráfico de influência e enriquecimento ilícito e pediu demissão do cargo em 7 de junho deste ano. Menos de um mês depois, em 6 de julho, foi a vez do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que também pediu demissão depois de denúncias de superfaturamento de obras e pagamento de propina no âmbito do órgão.

Fonte: Terra
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