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Política

Amorim agradece Dilma e diz apreciar trabalho de antecessores

5 ago 2011 - 20h46
(atualizado às 21h44)
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O recém-nomeado ministro da Defesa, Celso Amorim, assegurou nesta sexta-feira que aprecia o trabalho feito por seus antecessores e se comprometeu a corresponder aos interesses da nação, um dia após Nelson Jobim renunciar ao cargo por suas polêmicas declarações. O novo ministro agradeceu também a "confiança" da presidente Dilma Rousseff em uma breve declaração à imprensa na cidade de João Pessoa (PB).

<p>No dia 15 de março, a presidente Dilma Rousseff fez sua primeira substituição na Esplanada dos Ministérios em 2013, trocando o pedetista Brizola Neto (dir.) pelo secretário-geral da legenda, Manoel Dias (SC), no comando do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ele já havia sido cotado para comandar o MTE quando Carlos Lupi caiu por denúncias de corrupção. Dias é um pedetista histórico e ajudou a fundar o partido em 1980 ao lado de Leonel Brizola e de Dilma Rousseff</p>
No dia 15 de março, a presidente Dilma Rousseff fez sua primeira substituição na Esplanada dos Ministérios em 2013, trocando o pedetista Brizola Neto (dir.) pelo secretário-geral da legenda, Manoel Dias (SC), no comando do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ele já havia sido cotado para comandar o MTE quando Carlos Lupi caiu por denúncias de corrupção. Dias é um pedetista histórico e ajudou a fundar o partido em 1980 ao lado de Leonel Brizola e de Dilma Rousseff
Foto: Arte / Terra

"Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a confiança da presidente Dilma Rousseff. Aprecio o trabalho dos meus antecessores e quero corresponder aos interesses da nação", declarou o ministro, que participava de um evento na Universidade da Paraíba.

Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores durante os oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi nomeado na quinta-feira pela presidente. Mais cedo hoje, Dilma declarou que Amorim "tem todas as condições" para assumir o cargo, o que deve ocorrer na próxima semana. Em um ato público em Salvador, ela também elogiou "o grande trabalho, a grande contribuição dele (Jobim). Esgotamos uma etapa e, por isso, viramos uma página".

Espera-se que Amorim se reúna no sábado em Brasília com o comando das Forças Armadas. Alguns comandantes militares criticaram sua nomeação porque consideram que um diplomata não é a pessoa mais indicada para assumir o Ministério da Defesa.

A demissão de Jobim

O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff no dia 4 de agosto. Sua situação se tornou insustentável no governo após declarações dadas à revista Piauí em que teria considerado a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, "muito fraquinha" e dito que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "sequer conhece Brasília". Jobim negou ter feito as críticas e disse que as informações seriam "parte de um jogo de intrigas". Mas, segundo fontes, Dilma já havia decidido demitir o ministro caso ele não abandonasse o cargo por conta própria. Para seu lugar, a presidente escolheu o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.

A situação de Jobim à frente da pasta já vinha se deteriorando por outras declarações à imprensa que geraram mal-estar no governo. Em uma entrevista, ele afirmou ter votado no tucano José Serra, principal adversário de Dilma, nas eleições presidenciais do ano passado. No início de julho, em uma cerimônia em homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - de quem ele foi ministro da Justiça entre 1995 e 1997 - no Senado Federal, ele citou o dramaturgo Nelson Rodrigues dizendo que "os idiotas perderam a modéstia". A fala foi interpretada como uma insatisfação do ministro com sua situação no governo. Mais tarde, contudo, ele disse que se referia a jornalistas.

EFE   
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