Preso, policial do Bope está na mira da Polícia Federal
- VANIA CUNHA
Acusado de envolvimento no desvio de três mil projéteis de fuzil e pistola, o cabo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Mauro Lopes de Figueiredo teve a prisão temporária de cinco dias decretada sexta-feira, pela Vara Criminal de Itaboraí. A munição foi localizada e apreendida há cerca de 10 dias na casa de um traficante naquela cidade da Região Metropolitana.
No dia 16, a Polícia Federal desencadeou operação para cumprir dois mandados de busca e apreensão na favela Novo Horizonte, alvo de investigação dos agentes da Delegacia de Repressão às Armas (Delearm). Na casa de Paulo Victor Petronilho, o Gago, os agentes federais localizaram o material apreendido. Apontado como líder de uma facção criminosa responsável pelo tráfico de armas e entorpecentes na região, Gago foi preso durante a operação.
No decorrer da investigação, a Polícia Federal rastreou a munição e descobriu que sua origem era o arsenal da tropa de elite da PM. Desde então, o foco da investigação passou a ser a descoberta de quem poderia estar envolvido no desvio das balas.
Por ordem do comando da PM, o cabo do Bope foi preso administrativamente na última quarta-feira. Ele foi levado para a Unidade Prisional do Batalhão de Choque e, depois que o mandado de prisão foi expedido, Mauro foi transferido para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
De acordo com o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, o policial poderá ser expulso dos quadros da Polícia Militar. "Por ser policial do Bope, se for condenado, merece ter sua pena aumentada", afirmou o oficial. O policial estaria lotado na unidade de elite desde 2002.
