Rio: Justiça nega liberdade a babá acusada de torturar menina
A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta quinta-feira o pedido de liberdade da babá Leila Vanelli Ferreira, presa na última terça-feira sob acusação de torturar uma menina de 2 anos. Foi decretada a prisão temporária pelo prazo de 30 dias da babá e a expedição de mandado de prisão.
Segundo o juiz Rodrigo José Meano Brito, da 43ª Vara Criminal da capital, os indícios de autoria e a materialidade estão demonstrados nos autos, através dos depoimentos prestados pelos pais da vítima, bem como pelas fotografias e DVD, que constam no inquérito e revelam que a indiciada agredia a criança.
Leila foi flagrada por câmeras instaladas pela família da criança torturando a menina. Ela ganhava R$ 2,5 mil por mês para cuidar da bebê no apartamento de luxo na Barra da Tijuca. Entre as violências cometidas, a babá puxava o cabelo da criança, provocava assaduras nas partes íntimas, batia nas mãos e mordia os pés dela.
Os pais ficaram desconfiados de Leila e instalaram câmeras em três cômodos do apartamento. A babá, entretanto, procurou agredir a menina fora do alcance dos equipamentos, tentou destruir uma das câmeras na cozinha e seguiu com as agressões. No dia 16 do mês passado, uma empregada denunciou Leila aos patrões que, com ajuda de um técnico, conseguiram recuperar as imagens dos vídeos e procuraram a polícia.
Agressora diz que 'apenas tentava educar'
A menina, que está recebendo amparo psicológico, contou que Leila batia nela "no côco", referindo-se ao alto da cabeça. A babá, que é de São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio, foi trabalhar na residência por indicação de antigos patrões. A polícia vai investigar se houve algum caso anterior de agressão.
Leila pode pegar de dois a oito anos de prisão, com o acréscimo de um sexto da pena por se tratar de vítima menor de idade. Na delegacia, ela alegou inocência e disse que apenas tentava educar a menina.
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