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Política

Ex-ministro Alfredo Nascimento conduzirá a própria sucessão

6 jul 2011 - 17h51
(atualizado às 19h01)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

Demitido nesta quarta-feira após o agravamento das denúncias de que o Ministério dos Transportes seria palco de um esquema de superfaturamento de obras e de recebimento de propina por meio de empreiteiras, Alfredo Nascimento será o responsável por conduzir sua própria sucessão dentro da pasta. Como presidente do Partido da República (PR), que, segundo a revista Veja, organizaria uma espécie de mensalão em obras de infraestrutura, o ministro demissionário irá recolher nomes de dentro da própria legenda para apresentar à presidente Dilma Rousseff (PT).

Saída de Nascimento não enfraquece governo, diz senador:

"Ele é o interlocutor para discutir a sucessão com o Palácio do Planalto. É natural que a pasta continue com o PR. A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse que a escolha do sucessor será feita dentro dos quadros do partido. O ministro Alfredo não merecia esse desenlace. Nada foi provado contra ele, mas, de qualquer forma, é uma decisão de governo", disse o deputado Luciano Castro (PR-RO).

Homem de confiança da presidente, o atual secretário-executivo dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, não é considerado por parlamentares do PR como representativo da legenda. O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e senador Clésio Andrade, também cotado ao posto, é avaliado como fácil de ser atacado por denúncias.

Atualmente, ele é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. A demissão de Alfredo Nascimento será agora, nas palavras de um parlamentar da legenda, "digerida" pelos filiados.

Fonte: Terra
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