PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Polícia

Após confirmação da morte de Juan, delegado é afastado no RJ

6 jul 2011 - 14h34
(atualizado às 15h39)
Compartilhar
Luís Bulcão
Direto do Rio de Janeiro

Depois da confirmação da morte do menino Juan Moraes, 11 anos, no início da tarde desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil fluminense decidiu afastar o titular da 56ª Delegacia da cidade, Cláudio Nascimento, responsável pelas investigação do caso. Um corpo, que havia sido encontrado no dia 30 de junho em um lago, na região de Belford Roxo, é da criança, segundo exame de DNA. A chefia de polícia não deu detalhes, mas a medida ocorre diante das críticas pela demora nas investigações periciais.

A criança desapareceu no dia 20 de junho, após troca de tiros entre policiais e traficantes na favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Juan, seu irmão Wesley, 14 anos, e Vanderson dos Santos de Assis, 19 anos, foram baleados. Wesley afirma ter visto o irmão sendo atingido e caíndo no chão. Poucos minutos depois, o menino desapareceu.

De acordo com o diretor do departamento de perícias da Polícia Civil, Sergio Henriques, uma análise "precipitada" tinha classificado o corpo achado no lago como sendo do sexo feminino. Ele afirmou que os testes de DNA não deixam dúvidas de que o cadáver é de Juan. "Em um adulto, as características dos ossos são bem definidas. Isso não ocorre em um pré-adolescente. A análise foi precipitada. Não há a menor sombra de dúvidas que se trata do corpo da vítima."

A perícia encontrou um chinelo de Juan no local onde houve o tiroteio. Segundo Henriques, o exame de DNA na sandália ajuda a provar que Juan estava no mesmo ponto. A ossada encontrada no lago não apresentava fraturas, o que, segundo o perito, dificulta a determinação da causa da morte. Ele teria sofrido um tiro no pescoço, de acordo com informações preliminares, ainda não oficiais.

O corpo já estava em estado de decomposição avançado. Os exames foram feitos sobre os ossos do cadáver devido ao período em que ele ficou no lago.

Policiais interrogados
Durante esta madrugada, ocorreu o depoimento de 11 policiais militares que teriam envolvimento no desaparecimento de Juan, na favela do Danon, em Nova Iguaçu (RJ). Os PMs falaram por 13 horas na Divisão de Homicídios (DH) da baixada fluminense.

O teor dos inerrogatórios não foi revelado, mas os PMs teriam afirmado que não viram o menino durante o tiroteio na favela. Juan estava desaparecido desde o dia 20 de junho após a operação policial.

Familiares começaram a distribuir cartazes para ajudar a encontrar Juan
Familiares começaram a distribuir cartazes para ajudar a encontrar Juan
Foto: Jadson Marques / Futura Press
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade