Ex-jogador Edmundo é encontrado e preso em São Paulo
- Leandro Bastos
- Direto de São Paulo
O ex-jogador e atual comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto, 40 anos, que estava foragido após ter um mandado de prisão expedido no Rio de Janeiro, foi encontrado e preso no início da madrugada desta quinta-feira em um flat em São Paulo, na zona sul. Ele está no momento em uma sala na 3ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, em Pinheiros.
Confira os jogadores que estiveram nas páginas policiais
A polícia chegou ao local após receber uma denúncia anônima aproximadamente às 23h de quarta-feira. De acordo com o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG), Eduardo Castanheira, Edmundo estava tranquilo quando recebeu os policiais no flat, localizado na rua Amauri, 513, no Itaim Bibi, por volta da 0h30. O ex-jogador pôde fazer um telefonema e ligou para um dos seus advogados, para receber orientações, sendo em seguida conduzido para a 3ª Seccional.
De acordo com a polícia, Edmundo irá até o Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito, e depois retornará para a 3ª Seccional, de onde irá aguardar até que seja indicado um centro de detenção provisória. De lá, o ex-jogador deve ser transferido para o Rio de Janeiro, depois que chegar a documentação envolvendo o caso.
Procurado pelo Terra por volta da 1h40, o advogado de Edmundo, Arthur Lavigne, afirmou que não estava sabendo da prisão do seu cliente, que trabalha tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo. Luiz Roberto Leven Siano, outro advogado que representa o comentarista, não foi localizado.
Três mortes na Lagoa
Na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995, quando saía de uma boate na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, o então jogador do Flamengo chocou seu Jeep Grand Cherokee com um Fiat Uno. No acidente, morreram Joana Maria Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota, que estavam no outro automóvel. Outras três pessoas ficaram feridas - Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer. O laudo da perícia apontou que o jogador estava em alta velocidade.
Em março de 1999, Edmundo foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto. O ex-jogador chegou a passar uma noite na cadeia em função dos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais - também culposas - nas outras três vítimas.
A defesa de Edmundo recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Em 2008, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a oitava tentativa do ex-jogador de anular a condenação e manteve a pena.
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