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Política

Contra 'feridas', Sarney defende sigilo eterno de documentos

13 jun 2011 - 12h17
(atualizado às 12h36)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta segunda-feira a manutenção do sigilo eterno de documentos históricos ultrassecretos, sob pena de a divulgação desses dados motivar a abertura de "feridas". O parlamentar não citou diretamente o período da ditadura militar, mas ponderou que só devem ser levadas a público as informações da "história recente" do País.

De acordo com a nova ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, atendendo a uma reivindicação do ex-presidente Fernando Collor e do próprio Sarney, a base governista irá mobilizar no Congresso seus parlamentares para que seja mantida a possibilidade de sigilo eterno para determinados documentos oficiais.

No Senado, a ideia é derrubar uma mudança promovida pela Câmara dos Deputados, que autorizava a renovação, por uma única vez, do prazo de sigilo de documentos ultrassecretos. "Tenho muita preocupação que hoje tenhamos a oportunidade de abrir questões históricas. Vamos abrir essas feridas do passado. Quanto ao passado recente acho que devem ser liberados mesmo. Não defendo a abertura total. Defendo a abertura recente de documentos. Os documentos históricos que fazem parte da nossa história diplomática, da nossa história do Brasil, que tenham articulações, como o Instituto de diplomacia Rio Branco teve de fazer muitas vezes, nós não podemos revelar, senão vamos abrir feridas", defendeu José Sarney.

Fonte: Terra
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