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Polícia

Rio: bombeiros deixam quartel marchando e cantando

11 jun 2011 - 09h32
(atualizado às 11h09)
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Os mais de 400 bombeiros presos e dois policias militares saíram marchando do Quartel Central dos Bombeiros de Charitas, em Niterói, região metropolitana do Rio. Os militares cantaram o hino da corporação e o Hino Nacional, e seguiram em direção aos ônibus. Muitos familiares e vários moradores de Niterói acompanharam emocionados a libertação dos presos.

Movimento que pede reajuste salarial para bombeiros do Rio de Janeiro resultou em 439 prisões
Movimento que pede reajuste salarial para bombeiros do Rio de Janeiro resultou em 439 prisões
Foto: Luiz Gomes / Futura Press

Confira o salário dos bombeiros em cada Estado do País

Justiça manda soltar bombeiros

A Justiça concedeu, na madrugada de sexta-feira, um habeas corpus que garante liberdade a todos os bombeiros presos. O recurso foi pedido por parlamentares da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados e atendido pelo desembargador Cláudio Brandão.

"Convencido de que a manutenção da prisão não mais se justifica, defiro a liminar requerida e concedo liberdade provisória aos militares presos no episódio mencionado na petição inicial e que constam na relação", informa a decisão do desembargador.

Por volta das 22h45 de ontem, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) informou sobre a soltura de nove bombeiros a jornalistas e familiares que estavam em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros em Charitas. Os oficiais que estavam no batalhão do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento), localizado em São Cristovão, chegaram a Charitas, onde dormiram para para aguardar os alvarás dos outros colegas. Segundo o deputado, dos nove oficiais, um é mulher, a tenente Lucrécia.

Bombeiros na cadeia

Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como escudo humano para impedir a entrada da cavalaria da Polícia Militar no local. No entanto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar (Bope) invadiu o quartel por volta das 6h do dia seguinte e prendeu 439 bombeiros.

Os integrantes do protesto responderão pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro). Dados oficiais apontam que os manifestantes danificaram viaturas, arrombaram portas do quartel e saquearam alimentos.

A situação vinha se tornando mais tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo eles, os profissionais recebem cerca de R$ 950 por mês.

Fonte: O Dia
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