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Política

Ideli Salvatti assume Secretaria de Relações Institucionais

10 jun 2011 - 15h40
(atualizado às 18h09)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília

O ministro Luiz Sérgio deixou nesta sexta-feira a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e será substituído no cargo pela ex-senadora e atual ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti. Os dois devem se manifestar sobre a troca realizada pela presidente Dilma Rousseff no final da tarde de hoje.

Ideli foi a primeira mulher eleita senadora por Santa Catarina
Ideli foi a primeira mulher eleita senadora por Santa Catarina
Foto: Marcello CasalJr / Agência Brasil

Luiz Sérgio deve ocupar o cargo que antes era de Ideli, assumindo o Ministério da Pesca e Aquicultura. Uma nota sucinta divulgada pela Presidência da República confirmou o convite da presidente para Ideli assumir a secretaria e anunciou as posses dos dois para a próxima segunda-feira.

A movimentação em torno de um nome para substituir Luiz Sérgio na articulação política do governo intensificou-se esta semana, depois da saída de Antonio Palocci da Casa Civil e da nomeação da senadora Gleisi Hoffmann para sucedê-lo. Com a saída de Palocci, criou-se uma lacuna na articulação política, que não poderia ser preenchida pela senadora, que terá uma gestão técnica à frente da Casa Civil.

Com o ganho de poder no cargo de Luiz Sérgio, vários nomes da Câmara dos Deputados foram cogitados para assumir a articulação, entre eles o do líder do governo, Cândido Vaccarezza (SP), o do ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), e o do deputado Pepe Vargas (RS). O deputado peemedebista Mendes Ribeiro (RS) também foi lembrado. Vaccarezza chegou a ser dado como favorito, mas o nome de Ideli foi o escolhido pela presidente.

A troca foi acertada em encontro no Palácio do Planalto, nesta sexta. Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff participou de uma cerimônia da Marinha e Ideli sentou-se atrás da presidente, que também teve a companhia de Vaccarezza e Marco Maia no evento.

A vice-líder do PP, senadora Ana Amélia Lemos (RS), ressaltou que a escolha de Ideli para o cargo de ministra é uma demonstração de que a presidente "está impondo a sua marca", a partir da crise política que culminou com o pedido de demissão de Antonio Palocci. Ana Amélia destacou, ainda, que Ideli Salvatti conhece bem o Congresso e que saberá "ver que a situação na base aliada mudou com relação a forma como atuou no governo Lula e que a oposição, apesar de pequena em número, está bem articulada".

Quem é Ideli Salvatti

A paulistana Ideli Salvatti, 59 anos, casada e com dois filhos, é física formada pela Universidade Federal do Paraná, mas fez carreira política em Santa Catarina, onde ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado. Pela agremiação, se elegeu deputada estadual para duas legislaturas, e, em 2002, foi a primeira mulher eleita senadora por Santa Catarina. No ano passado, disputou o governo catarinense, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Ficou em terceiro lugar na eleição vencida pelo candidato do DEM, Raimundo Colombo.

No Congresso Nacional, construiu a imagem de "parlamentar aguerrida", que sempre defendeu os interesses do governo Lula, mesmo quando isso lhe causou problemas diante do eleitorado. Um exemplo foi o fato de Ideli ter assumido a liderança do PT no Senado, em 2006, no auge da maior crise política do governo Lula, a partir da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que investigou a compra de votos de parlamentares da base aliada para garantir a aprovação de projetos de interesses do Executivo. Na CPI, a então senadora protagonizou embates duros com a oposição.

Em 2009, Ideli Salvatti mostrou mais uma vez sua fidelidade ao presidente Lula. Ela votou, no Conselho de Ética, pelo arquivamento das ações contra o senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de primeira hora do ex-presidente nas duas campanhas presidenciais vencidas por Lula.

Na atividade legislativa, Ideli apresentou, entre 2001 e 2008, 21 projetos de lei e três propostas de emendas à Constituição. Em 2005, conseguiu aprovar o projeto de lei que garante às gestantes o direito de escolher um acompanhante para a hora do parto.

Em 2009, acumulou a Liderança do Governo no Congresso com a presidência da Comissão Mista de Mudanças Climáticas. Como líder do governo, foi responsável pela coordenação política nas votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Projeto de Lei de Orçamento da União para 2010. Neste sentido, ela articulou com a base governista para preservar os recursos destinados aos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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