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Cidades

Hackers invadem site da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo

6 jun 2011 - 23h03
(atualizado em 7/6/2011 às 11h02)
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O site oficial da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT) foi invadido por hackers no final da tarde desta segunda-feira. Por ação dos vândalos, a página inicial destacava a frase "Deus Criou o homem e a mulher, não existe terceira opção! (Site hackeado!)". Algumas seções do site ainda não funcionavam propriamente no fim do dia.

Logo abaixo da mensagem principal dos hackers, lia-se o texto "Command tribulation! Site hackeado, apaixo (sic) PL122!". A mensagem é uma referência ao Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia no País. O PL foi discutido no dia 12 de maio deste ano pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, mas acabou retirado de pauta para prosseguimento das discussões. No dia 31, os senadores Marta Suplicy (PT-SP), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Demóstenes Torres (DEM-TO) e o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, se reuniram para discutir um texto alternativo ao projeto.

A ação dos invasores ainda estampou o desenho de um veado na página inicial, uma citação creditada ao livro Romanos I, da Bíblia Sagrada, e uma frase dizendo que "O salario (sic) do pecado é a morte, arrependam-se!".

A 15ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, considerada a maior do mundo, divulgou nesta segunda-feira o tema do evento: "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!". A associação negou que a frase-tema seja uma provocação religiosa, e que o caráter do evento tende para o político. A parada será realizada no próximo dia 26, a partir das 12h, na avenida Paulista. A expectativa de público segue a média dos últimos anos - cerca de 3,1 milhões de pessoas, segundo dados da SPTuris de 2010.

Invasão de hackers ao site da Parada do Orgulho GLBT condenou projeto de lei que criminaliza a homofobia
Invasão de hackers ao site da Parada do Orgulho GLBT condenou projeto de lei que criminaliza a homofobia
Foto: Reprodução / Futura Press
Fonte: Terra
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