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Ministra: não se pode proteger todos os ameaçados na Amazônia

31 mai 2011 - 14h37
(atualizado às 14h41)
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Elaine Lina
Direto de Brasília

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT), afirmou nesta terça-feira que o governo não tem condições de garantir a integridade de ambientalistas e líderes agrários ameaçados de morte nos Estados da Amazônia Legal. "Seria errôneo, seria ilusório dizer que temos condições de atender a uma lista de tantos e tantos nomes", afirmou Maria, referindo-se à lista entregue hoje pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, com mais de 1,8 mil nomes de pessoas que receberam ameaças nos últimos dez anos.

Segundo a ministra, a primeira iniciativa será analisar a lista e ver o que pode ser feito, caso a caso. Maria do Rosário afirmou ainda que os programas de proteção a vítimas de ameaças dependem de um trabalho rigoroso de investigação, para poder devolvê-las à vida normal. "A proteção de Direitos Humanos é algo que tem que ser encarado como excepcionalidade. Viver com uma escolta, ser acompanhado na porta da escola de um filho, é algo que deve ser visto também como uma relação de privação de direitos. A proteção não pode ser feita sem uma porta de saída, sem uma forma de dar fim às ameaças", disse.

O encontro com a Pastoral da Terra ocorre uma semana após a morte de três pessoas ligadas a movimentos de defesa ambiental na Amazônia. Na última terça-feira, os líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram executados em Nova Ipixuna (PA). Três dias depois, o agricultor e líder do Movimento Camponês Corumbiara, Adelino Ramos, conhecido com Dinho, foi assassinado no distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho (RO).

Casal de extrativistas foi morto no Pará no dia 24 de maio
Casal de extrativistas foi morto no Pará no dia 24 de maio
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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