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Política

Senado exclui impeachment de Collor de galeria histórica da Casa

30 mai 2011 - 17h19
(atualizado às 23h06)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

Reinaugurada nesta segunda-feira pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a exposição de painéis permanente da Casa, sobre a história política do País desde 1822 até os dias atuais, ressurgiu sem o painel que conta o impeachment do ex-presidente e atual senador pelo Estado de Alagoas, Fernando Collor (PTB). Sarney justificou a ausência dizendo que o fato foi "apenas um acidente" e "não é tão marcante" como outros retratados na mostra.

José Sarney guiou estudantes durante a reinauguração da exposição de painéis
José Sarney guiou estudantes durante a reinauguração da exposição de painéis
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A exposição fica no corredor chamado de túnel do tempo, que leva às salas das comissões, para o plenário do Senado e por onde circulam, em média, 5 mil pessoas em dia de maior movimento. Antes da reforma, o painel sobre o impeachment de Collor fazia parte da coleção.

Para Sarney, que já foi presidente da República, o fato não é grave. "Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Agora, eu acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente e não devia ter acontecido na história do Brasil. Não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que construíram a história e não os que, de certo modo, não deviam ter acontecido", afirmou.

Em nota, a Secretaria de Comunicação do Senado, responsável pela confecção dos novos painéis, afirmou que o foco da exposição é mostrar o trabalho do poder Legislativo, e não os fatos da história brasileira.

"Os fatos históricos da mais antiga Casa legislativa do País são narrados em dezesseis painéis, com textos e imagens, seguindo a linha cronológica da história do Brasil desde 1822. A partir da Constituição de 1988, a opção dos historiadores foi destacar os fatos marcantes da atividade legislativa. O foco da exposição é mostrar a produção legislativa do Congresso Nacional. A discussão e aprovação das leis é a essência do que faz o parlamento como poder republicano", afirma o comunicado.

Fonte: Terra
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