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Cidades

Proibida a maconha, Campinas tem Marcha dos Com Vergonha

28 mai 2011 - 23h22
(atualizado às 23h51)
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Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

Cerca de 150 agentes da Polícia Militar e Guarda Municipal tentaram cumprir a decisão da Justiça e impedir a realização da Marcha da Maconha em Campinas (SP) neste domingo. No entanto, os manifestantes ignoraram a decisão e se mobilizaram nas ruas da cidade após substituírem o nome da passeata por Marcha dos Com Vergonha, contra as denúncias de corrupção envolvendo membros da prefeitura.

Em Campinas (SP), 150 pessoas se mobilizaram para a Marcha da Maconha sob forte fiscalização policial
Em Campinas (SP), 150 pessoas se mobilizaram para a Marcha da Maconha sob forte fiscalização policial
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra

Políticos do primeiro escalão da cidade, além de empresários e servidores, foram acusados de um esquema de fraudes e cobrança de propina em contratos públicos de Campinas. A investigação sobre corrupção culminou, no dia 20 de maio, com a prisão preventiva de 11 entre 20 pessoas contra quem haviam sido expedidos mandados. O vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), que estava na Europa e era considerado foragido, foi preso ao desembarcar no Brasil na quinta-feira, sendo solto cerca de 24 horas depois.

Marcada para as 13h, a mobilização teve início sob forte fiscalização policial. Durante o protesto, cerca de 150 pessoas pediram a descriminalização do uso da maconha. Os jovens, a maioria com idades até 20 anos, fizeram questão de gritar palavras de ordem como "Fora a Ditadura", "Legalize já" e " Queremos falar".

A Marcha da Maconha havia sido proibida pelo juiz Maurício Henrique Guimarães Pereira Filho, da 5ª vara criminal de Campinas. O juiz justificou que "não cabe ao magistrado, neste momento, fazer qualquer juízo a respeito da pretensão de ver o porte e consequente uso de canabis sativa L, elencada como droga ilícita a ser descriminalizada, mas sim analisar e, eventualmente, coibir práticas que encontram moldura em tipos penais incriminadores e que nada têm a ver com a pretensão salutar de ver alterada a legislação penal".

Fonte: Especial para Terra
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