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Polícia

Polícia prende marido de falsa psicóloga de autistas no Rio

23 mai 2011 - 19h24
(atualizado às 19h55)
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Policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) prenderam na tarde desta segunda-feira Nelson Antunes de Farias Júnior, acusado de ajudar a mulher a operar por 12 anos uma clínica que atendia crianças autistas sem licença do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ) ou formação na área. O juiz Alcides da Fonseca Neto, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decretou a prisão de ambos nesta segunda-feira. Nelson foi preso em um dos apartamentos do casal, na rua Dona Mariana, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Segundo a Decon, os agentes tentavam, às 19h, prender a falsa psicóloga Beatriz da Silva Cunha. No apartamento em que Nelson foi preso, no início da noite desta segunda-feira, também era cumprido mandado de busca e apreensão para colher provas da sua relação profissional com o consultório da sua mulher. O casal responde pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e crime contra o consumidor.

Beatriz foi presa pela primeira vez no dia 27 de abril, após os pais de uma criança que frequentava a clínica havia oito meses registrarem um boletim de ocorrência após perceberem que Beatriz não possuia registro profissional no CRP-RJ. A falsa profissional confessou não possuir o diploma de graduação. Ela atendia cerca de 60 crianças ao custo de R$ 90 por hora havia 12 anos.

No dia 7 de maio, a Decon cumpriu mandato de busca e apreensão na casa de Beatriz e encontrou R$ 6 mil em notas de 50, US$ 130 e 530 euros. Além disso, foi constatado que a suspeita não emitia CNPJ ou recibo. Documentos falsos como carteiras de estudante e passaportes também estavam na casa de Beatriz, segundo a polícia.

O delegado titular da Decon, Maurício Luciana de Almeida, há várias vítimas que acusaram Beatriz de tortura. "Tenho relato de pais de crianças de que ela fazia a chamada intervenção alimentar: mesmo se a criança se negava a comer, seus braços eram amarrados, as pernas eram seguradas e forçavam a alimentação", disse o delegado. "Sua clínica não tinha licença da vigilância sanitária nem do conselho de psicologia e ela não possui nenhuma formação. Apenas cursou um período de psicologia em universidade carioca."

Fonte: Terra
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